19 de setembro de 2008

Dossiê






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Está entre os que mais se preocupam com o ambiente, mas é das que menos informadas se sentem em relação ao assunto. Diz-se, na grande maioria, preparada para comprar os chamados eco-produtos, mas na verdade apenas uma minoria o faz. São alguns dos dados recolhidos pela Tempo OMD, que garantem que a população portuguesa sente-se “pouco informada sobre os problemas ambientais”.



Entre os países da Europa, Portugal é o país que mais se diz preocupado com as alterações climáticas, com a poluição da água e do ar no topo dessas preocupações. Mas mesmo registando valores de preocupação acima da média europeia – 49 por cento preocupa-se com a poluição do ar e 46 por cento com água, enquanto as respectivas médias da Europa são 40 e 42 por cento –, os portugueses estão no fundo da tabela, quando questionados em relação ao nível de informação que sentem ter.



Os países mais informados em relação às questões ambientais, segundo Eurobarómetro: “Attitudes of European citizens towards the environment”, publicado em Março 2008, são a Dinamarca e a Holanda, ambas com 78 pontos percentuais, enquanto a média europeia se situa nos 55 por cento. Quanto aos portugueses, apenas 39 por cento se diz sentir informado.



Na verdade, mesmo a nível geral, e apesar das suas preocupações ambientais, “os europeus sentem-se à parte do fluxo de informação”, de acordo com os dados recolhidos pela Tempo OMD.


 


Eu sou “green”
Já no perfil sócio-demográfico das pessoas “amigas do ambiente”, ou aquelas que revelaram agir de acordo com as suas preocupações ambientais, o relatório traça que este tipo de acções são mais comuns entre as mulheres que nos homens, bem como em faixas etárias superiores a 25 anos e com elevado grau académico. São pessoas que se consideram bastante informadas sobre o assunto e pertencentes a uma classe social mais elevada.


 









Por oposição, os menos “verdes” são geralmente os mais jovens, com menos disponibilidade financeira para suportar o custo associado a determinados produtos/comportamentos green. São pessoas com baixo nível de escolaridade e que se sentem pouco informadas.

           

Atitude verde
“Façam o que eu digo e não o que eu faço”. É uma das frases utilizadas no relatório da Tempo OMD para descrever parte da filosofia “verde” dos portugueses. Isto porque no que toca à efectiva adopção de um comportamento mais amigo do ambiente os portugueses esperam mais essas mudanças por parte dos outros do que deles próprios. 36 por cento dos inquiridos espera que os outros alterem os seus hábitos de transporte, enquanto apenas 16 por cento se vêem prontos para tomar esse passo.  O mesmo acontece em relação à compra de “eco-produtos”. Embora 75 por cento das pessoas digam estar preparadas para comprar eco-produtos, na verdade, apenas 7 por cento o fazem efectivamente.



Falar verde
“Green Awareness não é Green Behaviour”, que é como quem diz que só por demonstrar preocupação com o ambiente, não quer necessariamente dizer que o comportamento dos consumidores vá nesse sentido. Esse será então, segundo a Tempo OMD, um dos maiores desafios das empresas que apostem em eco-produtos. Segundo refere a agência, “os produtos verdes estão ainda posicionados num segmento Premium”, por isso a comunicação de marcas/serviços deverá passar por fazer chegar certos benefícios/atributos ao consumidor. Produtos que façam poupar dinheiro a longo prazo, que promovam uma vida saudável e que façam diferença, sendo inovadores e originais.



Atributos que acrescentem valor ao produto acompanhados de uma comunicação clara e eficaz, já que uma das razões apontadas para a (des)informação dos consumidores se prende com a “saturação do tema”. Segundo adianta a análise, “as mensagens relacionadas com a temática ambiental duplicaram em 2007, o que dificulta a comunicação clara e eficaz sobre produtos/serviços e comportamentos”.


 


 

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