Está inaugurado oficialmente o Myspace Portugal. A página que até agora existia sob a insígnia de “Beta”, num período experimental, passou a oficial, a partir desta quarta-feira, depois da festa de lançamento do Myspace Portugal. Um evento que teve lugar na discoteca Lux, em Lisboa, esta terça-feira, com as actuações ao vivo de Sam Sparro e dos Vicious Five. O porquê da localização do site em Portugal? A forte utilização do serviço por parte dos internautas nacionais. 300 mil utilizadores é o número oficial.
“Estamos muito virados para os utilizadores, pretendemos que o relacionamento entre os utilizadores e o staff Myspace Portugal seja muito estreito. Queremos que o Myspace seja aquilo que eles pedem”, começa por explicar Pedro Almeida, Marketing and Content Manager do Myspace Portugal.
E porque a política de gestão do Myspace assenta exactamente em dar primazia aos seus utilizadores, e às suas mais variadas formas de expressão online, a estratégia do Myspace para Portugal não poderia fugir muito a essa filosofia. Pedro Almeida refere que “a estratégia inicial vai ser a de dar espaço suficiente à comunidade de utilizadores portugueses para crescer e aumentar o número de amigos online”. Um crescimento que, a julgar pelo número de utilizadores portugueses que já subscrevem o Myspace, começa a ter expressão.
Da totalidade de perfis nacionais já criados no site, 50 mil correspondem a músicos ou a bandas. De facto, quando se fala de Myspace, a palavra música aparece quase como sinónimo. Daí que a estratégia de crescimento do site em Portugal vá passar pela “prioridade da música”, como refere Pedro Almeida, ao adiantar que o número de músicos registados “é um sinal excelente” e que daqui para a frente o Myspace Portugal quer “dar espaço ao seu crescimento e encorajar as suas criações”. Prova disso fica a oferta no site para ouvir bandas como You Should Go Ahead, Rita Readshoes, ou Moonspell, bem como as estreias de vídeos “em premiére”, como já foi feito com os Vicious Five, a Susana Félix e o NBC.
Mas nem só de música irá viver o Myspace em Portugal. O director de conteúdos português sublinha que a aposta na música surge acompanhada de um “encorajamento” a outros artistas também. “Queremos encorajar também outros artistas, como escritores, artistas plásticos, cineastas, etc., a estarem no site, aumentando a sua notoriedade”.
Myspace?
A questão parece ser cada vez mais descabida. Aliás, James Fabricant, director de entretenimento e chefe de vídeo para o Myspace no espaço europeu, esclarece (ver entrevista): “somos maiores. Somos mesmo a maior comunidade global online”. Palavras nada exageradas se olharmos para os números que contabilizam 110 milhões de utilizadores mensais, a nível global, e que apontam, entre outros valores, para mais de 14 mil milhões de comentários feitos no site.
Em menos de quatro anos – o site foi lançado em Janeiro de 2004 – o Myspace estendeu o número de unidades locais a 29 países, Portugal agora incluído, e depois de um rápido crescimento, a sua rede social, para além da criação de perfis pessoais, inclui também as funcionalidades de mensagens instantâneas, blogue, e-mail, streaming de música e vídeos, galerias de fotos, listas classificadas, eventos, grupos, comunidades académicas e fóruns.
Funcionalidades que provavelmente conferiram ao site a sua enorme popularidade. No Reino Unido, por exemplo, o Myspace obteve, em Fevereiro passado, 31 por cento da audiência na Internet e em 2006 tinha já ultrapassado o Yahoo em page views, nos EUA.
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