15 de maio de 2008

Dossiê

O Festival de Publicidade do Cano é, como explica a organização, “uma manifestação descontraída, burlesca, auto-crítica, voluntária e democrática dedicada à observação e partilha de elementos de comunicação que se expressam de uma forma extravagante”.O Festival começou em 2002 e tem tido uma periodicidade bianual, como objectivo destaca-se o de pôr a nu a má publicidade nacional.  A pouco tempo de o “Cano” ter uma casa na Internet, através de um blog, o Imagens de Marca convidou um dos seus criadores para seleccionar os piores dez anúncios dos últimos tempos. Luís Verissimo constituiu aquilo que, nas suas palavras, chamou “shitlist”. Casos que, “por ingenuidade, irresponsabilidade ou esperteza saloia, e que, mesmo considerando a subjectividade do “gosto”, constituem exemplares inequívocos de subestimação das qualidades racionais e/ou estéticas do público-alvo”. O professor universitário a convite do Imagens de Marca fez ainda algumas observações sobre cada um dos anúncios.


 


Por norma, os anúncios que concorrem no Cano são denunciados por quem mais entende do assunto: o público-alvo. Os consumidores tendem a enviar os exemplos que entendem ser má publicidade para o e-mail geral do festival (festivaldocano@gmail.com).


 


Segue a lista dos chamados “monstros” (veja na galeria de fotos as imagens aumentadas):


 








 

“O público-alvo deixa de raciocinar com clareza e precipita-se para o objecto quando, num flash a vermelho, se lê a palavra GRÁTIS junto a um P.V.P. com dois traços por cima. (e que afinal não é gratuito por causa de um asterisco, e por coincidência, é adquirível pelo mesmo valor que está riscado)”, LV


 


 


 








“O público-alvo perde a cabeça e desembesta na minha


direcção – como um milhão de gnus a atravessar o rio


Grumeti -, se forçar na publicidade que a promoção tem


os dias contados. (mal contados…)”, LV


 








“O público-alvo é obcecado pela minha marca. Ele que espere!”, LV


 








“O público-alvo de apartamentos de 1ª qualidade é um bocadinho alarve e pela-se por uma piada marota.”, LV.


 








“O público-alvo é um baril e tem condescendência pela comunicação emocional, do tipo desabafo.(“Augusto, vamos até lá no fim de semana para dar força aquela gente”)”, LV


 








“O público-alvo («gajos») só pensa naquilo, por isso mostramos aquilo que eles querem. Também dá para jantes, seguros de caça, correias de transmissão, carros desportivos…)”, LV


 








“O público-alvo de apartamentos de 1ª qualidade são maluquinhos por ar condicionado.”, LV


 








“O público-alvo de bom gosto anda com uma fatia de queijo ao pescoço”, LV


 








“O público-alvo («gajos») só pensa naquilo II e é muito sensível a perguntas sem correia de transmissão entre os dois neurónios”, LV


 







“O público-alvo tem muita imaginação”, LV

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