O investimento publicitário na internet, em Portugal, cresceu 80 por cento, em 2006. De acordo com os dados mais recentes da Accenture, multinacional de consultoria de gestão, tecnologias de informação e outsourcing, esta evolução vem acentuar o contraste com os meios tradicionais, onde o aumento foi apenas de 3,5 por cento.
No entanto, engana-se quem pensa que Portugal lidera a lista dos investimentos publicitários on-line. No mercado português, a publicidade na internet representa apenas uma fatia de 2 por cento do total dos investimentos em meios.
Já não conseguimos imaginar uma empresa sem um website na Internet. Muitas ainda veêm estes espaços on-line como um repositório de informação institucional e estão pouco despertas para sistemas de navegação amigos do utilizador. Por vezes, até pensamos que escondem propositadamente o contacto telefónico e a morada num canto recôndito do site. Mas a verdade é que cada vez mais as marcas estão despertas para o poder da Internet na tão ambicionada aproximação ao consumidor. As palavras do momento são interactividade e plataforma crossmedia. Navegar num website tem de ser um acto de prazer. Também por isso a Accenture, empresa de consultoria, lançou a Website Evaluator . Conheça aqui os Websites que disponibilizam as melhores experiências de marca aos consumidores.
Para Edson Athayde, Vice-presidente/Director criativo da agência de publicidade Ogilvy, a aposta neste meio tem vantagens e desvantagens. “Uma das desvantagens tem a ver com o facto de ainda não ser cem por cento abrangente em termos de targets, mas podemos falar de vantagens como a rapidez com que algo pode estar no ar e ser um meio de produção barata”.
Quando chega a hora de investir na internet, as empresas portuguesas ainda se mostram receosas e, quando o fazem, disponibilizam apenas baixos orçamentos. “Há um pouco de preconceito. O facto de [a internet] não chegar a toda a gente, não quer dizer que não chegue a quem realmente interessa”, reclama o publicitário.
Em entrevista ao Imagens de Marca, a Adidas explicou como é que a aposta no on-line serviu o rejuvenescimento da marca.
Mas se as marcas ainda se retraem, o público mostra-se cada vez mais receptivo ao consumo de informação online. Actualmente, cerca de 2,5 milhões de portugueses acedem com regularidade à Internet. De acordo com um estudo feito pela Columbus Media International, 53,6 por cento dos utilizadores portugueses não conseguem imaginar viver sem Internet e, durante a semana, 99,6 por cento dos inquiridos estão online mais de 4h30 por dia.
Esta adesão obriga cada vez mais as empresas a estarem em rede para comunicar com os seus públicos. E a tendência do investimento nesta área é mesmo para aumentar. Actualmente, há cerca de dois mil retalhistas na internet, quando, em 1999, eram apenas 65.
A originalidade de quem anuncia na internet e das agências de publicidade foi mais uma vez avaliada nos Prémios Sapo de Publicidade On-line. Conheça os vencedores.
“Hoje em dia, ter um web site ou estar na internet já não é ser inovador, é algo natural e imprescindível para estar no mercado”, defende Mónica Moita, responsável pela comunicação da Masterlink, uma empresa que se dedica às novas tecnologias. Para a Marterlink, “os meios digitais são claramente uma boa opção para comunicar com públicos mais jovens, mais dinâmicos. Permitem a criação de uma relação dinâmica e interactiva e abrem novos caminhos para a criatividade e originalidade.”.
Ferramenta de comunicação por excelência, a internet assume-se como uma extensão das marcas até ao público. Hoje, um balcão online é mais uma cara da empresa, mas num suporte com características específicas. Como explica Mónica Moita, “Quando uma marca assume a presença na internet deve manter a sua personalidade e espírito intactos, assumindo naturalmente os desafios de um novo canal de comunicação – a internet. As empresas/marcas devem aprender a utilizar essa linguagem no contexto do universo da marca, sem nunca desvirtuar a marca original.”
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