4 de fevereiro de 2011

Dossiê

São semelhantes a uma rede social mas aqui vendem-se produtos e serviços a preços bastante inferiores aos do comércio tradicional. Designadas por plataformas de “e-commerce”, ou comércio electrónico, estas redes representam hoje o modelo de negócio com maior crescimento em toda a Europa, superior até ao sucesso das redes sociais.
A história teve início nos Estados Unidos quando Andrew Mason, criou a Groupon e permitiu aos utilizadores adquirir produtos e serviços online, diariamente, a preços inferiores aos do comércio local.
A Groupon foi apenas a rampa de lançamento para um negócio que viria a invadir também a Europa.


 


Em 2009, em Barcelona, chega a primeira empresa de compras colectivas na Europa. A LetsBonus é actualmente líder de mercado em Espanha e acaba de entrar recentemente no mercado nacional.
Participada maioritariamente pela LivingSocial, as duas empresas anunciaram a parceria que permite a expansão do negócio na Europa e América Latina.


 


A LetsBonus traz, assim, para Portugal ofertas diárias com descontos até 70%, em actividades que incluem ofertas gourmet, spas de luxo, escapadelas, entre outras.
Presente em Espanha, Portugal, Itália, Argentina e México, a LetsBonus conta com uma equipa de 200 empregados (15 dos quais em Portugal) e prevê investir, ainda este ano no nosso mercado, cerca de 2,1 milhões de euros.


 


O Imagens de Marca falou com Feliciano Grosso, Director-geral da LetsBonus, em Portugal, para perceber o negócio e a estratégia da empresa, num mercado que considera “bem desenvolvido ao nível da Internet”.









Feliciano Grosso – Director-geral LetsBonus








 



Imagens de Marca – Explique-nos o conceito da LetsBonus… baseado neste fenómeno das “compras sociais”.
 
Feliciano Grosso – A Letsbonus disponibiliza ofertas diárias de lazer aos seus subscritores online com descontos até 70 por cento em actividades exclusivas entre as quais se incluem ofertas gourmet, spa’s de luxo, centros de beleza e bem-estar, espectáculos musicais, teatros e estadias de fim-de-semana. Estes descontos são negociados com base no conceito de compras colectivas e utilizamos a nossa rede de subscritores, interessados em estar a par das várias ofertas, para comunicar as suas ofertas a muitos milhares de potenciais compradores, de forma directa e segmentada (por cidade, por exemplo).
 
 

IM – Como nasce a empresa e como se dá a entrada em Portugal?
 
FG - A LetsBonus foi lançada em Setembro de 2009, em Barcelona, tendo sido pioneira no movimento de compras colectivas na Europa. A empresa cresceu e tornou-se rapidamente líder no mercado espanhol, com presença na maior parte das cidades do país vizinho. A LetsBonus entrou no mercado português em Outubro de 2010 e também rapidamente conquistou os consumidores portugueses. Em Janeiro de 2011 a empresa já operava em Lisboa e Porto, tinha mais de 110000 utilizadores registados e mais de 120 aderentes, entre restaurantes, salões de beleza, SPA’s, hotéis e agências de viagens.
Recentemente a empresa foi adquirida pela empresa norte-americana LivingSocial e vai reforçar os seus investimentos em Portugal, abrindo novas áreas de negócios e novas ofertas nas áreas de viagens.




IM – Como vêm o nosso mercado? Portugal é um mercado onde vale a pena apostar neste segmento de mercado?


FG - Portugal é um mercado bem desenvolvido ao nível da Internet, com óptimas taxas de penetração e com hábitos de consumo de experiências, por um lado, e hábitos crescentes em compras online. Fez todo o sentido integrar Portugal como um mercado Letsbonus, dentro da na nossa estratégia de internacionalização e Portugal é dos países que mais cresce. A nossa aposta em Portugal é total, pois já contratámos 15 pessoas e este vamos investir 2,1 milhões de euros.




IM – Que estratégia está por detrás do negócio? Como se posiciona a empresa?


FG - A estratégia passa por oferecer as melhores propostas locais nas várias áreas de serviços de lazer e turismo, por regra prejudicadas em momentos de maior crise. A LetsBonus posiciona-se como uma empresa de promoções, com ofertas Premium.
 


IM – Como é feito o modelo de negócio? Como funciona e que especificidades tem?


FG - A Letsbonus negoceia com o retalho o tipo de oferta, os preços e as quantidades e comunica-as aos seus membros e a potenciais novos membros, usando a internet e as redes sociais. Por cada venda, a LetsBonus cobra uma comissão, variável em função do produto/serviço em causa, ou seja, sem custos (e riscos) para o aderente. É um modelo de resultados, sem riscos, onde o “custo” apenas é assumido quando é feita uma venda. Mas que poderá ser compensado pelo aumento de volume ou por estratégias de fidelização, up-selling ou cross-selling. Por exemplo, uma nova loja ou um novo restaurante pode ter dezenas de clientes para se dar a conhecer e conquista-lo com estratégias de fidelização. São muitos os negócios que podem utilizar de forma inteligente o poder destas redes.
 
 

IM – Qual a posição actual da empresa? Utilizadores, mercados, receitas…


FG - Não existem dados das empresas em Portugal mas acreditamos que nestes quatro meses de actividade ocupamos já uma posição cimeira em termos de utilizadores, ofertas e vendas de vouchers. Mundialmente, em função da recente entrada da LivingSocial no capital da Letsbonus, já somos um dos maiores players do mundo. A Letsbonus temo uma equipa de mais de 220 empregados e estamos presentes em 6 países: Espanha, Itália, Portugal, Argentina, Chile e México, operando em 32 cidades. Por sua vez, a LivingSocial – empresa associada à Amazon – conta actualmente com 17 milhões de subscritores em cerca de 170 mercados e prevê receitas superiores a 500 milhões de dólares em 2011.
 
 

IM – De forma geral como podemos caracterizar este mercado das “compras sociais” ou redes de compras colectivas?


FG - É certo que é o mercado que maiores taxas de crescimento mundial apresenta. É o futuro do comércio local. A Internet é usada de uma forma crescente e mais global, as pessoas vivem cada vez mais na rede. Para o comércio mais tradicional investir na Internet e chegar a essas pessoas, exige despender esforços (humanos e financeiros) para se promover-se em plataformas dispersas e complexas (google, facebook, directórios, paginas amarelas, etc), assumindo ele o risco do investimento. Com o mesmo dinheiro, ou muito menos, promovemos os seus produtos e serviços sem custos de investimento directo, ou seja, o custo apenas é assumido caso exista a venda.




IM – Como nasce e em que bases?


FG - Nasce do poder da Internet e das redes sociais, e da necessária aproximação entre as marcas e serviços de dimensão pequena e media com o consumidor.
 


IM – O que vem trazer de novo para os consumidores? E como podem eles entender o conceito?


FG - Uma forma cómoda de estar a par e poder comprar facilmente as óptimas oportunidades que proporcionamos nos segmentos groumet, viagens, saúde e bem estar. O conceito é facilmente perceptível:  posso mimar-me e poupar dinheiro.



 







A primeira


 


A Grupon, nos Estados Unidos, foi a pioneira no mercado das “compras sociais”. Hoje, a empresa vale mais de mil milhões de euros e passados 17 meses de actividade registou receitas de 135 milhões. A gigante americana Google não hesitou em fazer uma proposta de compra à Groupon, que recusou os cerca de 5 milhões de euros oferecidos pela empresa. Para este ano, a Morgan Stanley prevê que a Groupon atinga receitas de mais de 500 milhões de euros. 


 







e-Commerce


 


As plataformas de “e-commerce” estão hoje em franco crescimento. Sites onde são negociados produtos e serviços a preços mais reduzidos. A adesão a estas plataformas permite aos utilizadores registados usufruir de descontos e promoções, sendo avisados diariamente por e-mail das promoções em curso.
Com descontos que vão dos 50 aos 90%, os utilizadores têm um prazo próprio para efectuar o negócio. 


 

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