A receita é aparentemente simples: junta-se uma marca e o seu produto com um humorista conhecido e um guião de excelência… filma-se e fotografa-se tudo e temos um anúncio com humor.
A publicidade está de novo a recorrer a esta receita para vender e temos aí anúncios de humor q.b. para desanuviar em tempos de crise.
O Imagens de Marca Online andou a espreitar as mais recentes campanhas de publicidade com (muito) humor e falou com alguns dos “actores”.
Neste momento a nossa memória colectiva tem bem presente os anúncios do Meo com os Gato Fedorento ou melhor os Meo Comandantes; da banda larga da TMN com Nuno Markl que faz de tudo dentro de um táxi; das cápsulas da Delta Q que conversam com Bruno Nogueira e da Frize com um Pedro Tochas em camisa de forças.
Mas, as campanhas que recorrem ao humor em Portugal têm sucesso garantido? O IM Online lançou esta questão a Carlos Brito, Professor de Marketing na Faculdade de Economia do Porto, que respondeu afirmativamente e relembrou algumas das campanhas existentes: “O caso do MEO que envolve os Gato Fedorento, sendo bem actual, é talvez um dos mais paradigmáticos. Mas veja-se também o caso da Frize que utilizou o humor do Pedro Tochas na campanha “tou que nem posso”. Trata-se de um conjunto de sketches fantástico que fez uma coisa impressionante: criou um mercado que não existia em Portugal (o das águas com sabores). Criação essa de que beneficiou não só a Frize como também a concorrência que entretanto surgiu”.
Para este especialista saber rir e, ao mesmo tempo, levar a sério uma marca e produto é uma questão de “inteligência”. E os portugueses, para Carlos Brito, sabem fazê-lo, mesmo em tempo de crise económica declarada, quando as preocupações são outras.
É unânime que a publicidade, apesar de todas as controvérsias que tem levantado ao longo dos anos, tem um papel importante na sociedade de hoje.
“É usual dizer-se que as mensagens publicitárias devem obedecer ao modelo AIDA. Devem chamar a Atenção; depois devem despertar o Interesse; em terceiro lugar devem originar Desejo; e, por último, levar à Acção. Mensagens com humor são muito boas nas duas primeiras fases: para chamar a Atenção e despertar o Interesse. Já quanto ao Desejo e à Acção são necessários outros mecanismos”, explica.
No entanto, Carlos Brito deixa o aviso: “não posso deixar de salientar que o humor não é uma receita para uso generalizado. Para muitas marcas ou empresas (por exemplo, sociedades de advogados) o humor não é certamente o mais aconselhável”.
A palavra às marcas
O IM Online falou com as marcas para perceber o porquê do recurso ao humor… quais as estratégias adoptadas… e as escolhas feitas para as caras que representam os produtos.
Delta – Rui Miguel Nabeiro (Administrador Delta Cafés) Imagens de Marca: Porquê a aposta no humor nas novas campanhas da Delta Q?
IM: Qual a estratégia da marca para esta opção?
IM: O recurso ao humor (ou figuras públicas desta área) aumenta a notoriedade das RMN: campanhas? É esta uma das vantagens?
FRIZE – Maria João Serras (Gestora de Marketing Frize)
Imagens de Marca: Porquê o recurso ao humor?
Portugal Telecom
Imagens de Marca: Porquê o recurso ao humor nestas campanhas?
IM: A nível de retorno e notoriedade… este é um caminho cada vez mais a seguir? Que especificidades traz? |
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