18 de novembro de 2009

Dossiê

A maioria dos portugueses reduziu os gastos em produtos de grande consumo e as escolhas são cada vez mais racionais e em função dos preços, segundo o estudo da TNS Worldpanel apresentado, esta quarta-feira, a cerca de 200 representantes das maiores marcas de distribuição a nível nacional. Com base no comportamento de consumo em 3 mil lares portugueses, o estudo intitulado “A Resposta dos Portugueses à Crise”, conclui que a crise atingiu profundamente 2,7 milhões de portugueses.


“72% dos portugueses sofreram realmente com a crise, mas dentro deste grupo 22% foram bastante afectados. No entanto, do total dos inquiridos, 50% não sentiram os efeitos da crise mas fizeram retracção de consumo, mais por razões psicológicas do que por necessidade efectiva”, explicou ao Imagens de Marca Paulo Caldeira, Responsável pelo Desenvolvimento de Negócio da TNS Worldpanel Portugal. Este comportamento, explica o responsável, “foi influenciado pelo ambiente e instabilidade social e de desemprego”.



De acordo com o estudo, a insegurança da economia levou ainda os consumidores a dar preferência às marcas brancas, em geral mais baratas que as dos fabricantes. A análise conclui ainda que, na globalidade, o consumo dentro de casa aumentou. “Os produtos frescos, em função também da redução de preços que tiveram aumentaram o volume de vendas em cerca de 5% e as categorias que tem a ver com sobremesas com comida dentro do lar aumentaram também”, exemplifica Paulo Caldeira.


 



Roupas e combustíveis em contraciclo


 


Contrariamente aos resultados obtidos na análise ao grande consumo, o sector do vestuário e dos combustíveis não se ressentiu com a crise. Segundo a TNS, o mercado do vestuário cresceu 10,7 % em volume no primeiro semestre, com mais 240 mil compradores do que em igual período de 2008. “No mercado do vestuário, as pessoas estão a comprar de uma forma mais racionalizada, mais quantidade de roupa, mas compram a um preço menor, principalmente nas promoções que estão constantemente a ocorrer”, justifica Paulo Caldeira.
Já no que respeita ao sector dos combustíveis, a TNS revela que, o consumo aumentou 3%, ajudado pela redução nos preços de 12%.
Perante os resultados do estudo, o responsável afirma que “para marcas reconquistarem a confiança do consumidor e contribuírem para a revitalização da economia é fundamental apostar numa comunicação mais positiva e optimista.

Avalie este artigo 1 estrela2 estrelas3 estrelas4 estrelas5 estrelas
Loading ... Loading ...

Comentários (0)

Escreva o seu nome e email ou faça login com o Facebook para comentar.