Os confrontos no Egipto, uma tensão que teve início há cerca de duas semanas parecem ainda não ter fim à vista. Manifestações nas ruas, escassez de bens alimentares, combustíveis e cortes nas comunicações estão a marcar o dia-a-dia do povo egípcio e, em simultâneo, das empresas portuguesas que operam no território.
O Imagens de Marca falou com algumas das empresas nacionais com negócios no território para perceber como estão a reagir à situação actual. Quanto tempo vai durar o que se vai seguir são ainda as grandes incertezas dos empresários portugueses. HH
Cimpor
“Tentámos salvaguardar a segurança das pessoas e das nossas instalações, bem como todos os patriados foram trazidos para os respectivos países”, explica Raul Caldeira, da Cimpor. A empresa afirmou ainda ao Imagens de Marca que, em relação à actividade naquele território foi efectuada uma “diminuição do ritmo de produção e que, agora, está praticamente inexistente”.
Para Raul Caldeira, ainda é muito cedo para se saber a dimensão e o que vai afectar.
WeDo
A consultoria de tecnologias é outra das empresas nacionais a operar no Egipto. Sérgio Silvestre revelou ao Imagens de Marca que “na semana passada pedimos aos nossos colaboradores egípcios e portugueses que regressassem a casa e que trabalhassem a partir de casa”. O corte nas telecomunicações, que afectou o serviço de internet no país, causou algumas limitações à empresa, mas com o regresso do serviço de internet, voltaram a trabalhar de forma tranquila. “Não estamos a trabalhar nem no escritório nem nas instalações dos clientes”, revela Sérgio Silvestre, contudo a empresa continua a operar.
Parfois
Tendo por base um modelo de negócio em regime de franchising, a Parfois tem duas lojas em centros comercias no Cairo e em Alexandria. “As lojas fecharam à cerca de uma semana, porque também os centros comerciais fecharam as portas. Contudo, a nossa loja em Alexandria foi roubada numa invasão que ocorreu no centro comercial”, explicou o Director Executivo da Parfois, Sérgio Marques. Para a empresa, o mercado egípcio representa apenas 1% do negócio, pelo que o director acredita que os problemas no Egipto não afectem em demasiado o negócio da marca. “o stock que vou roubado era de Inverno, pelo que agira resta-nos esperar pelo que vai acontecer e ver como as coisas se vão resolver”. A marca já parou o envio de mercadorias para o país.
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