Como o Facebook ajudou Trump a chegar a presidente

8 de novembro de 2017

Como o Facebook ajudou Trump a chegar a presidente

Talvez uma das conferências mais aguardadas deste Web Summit era a de Brad Parscale, o homem por trás da campanha eleitoral do atual presidente dos EUA, Donald Trump. A Altice Arena ficou repleta de olhares atentos que analisavam todas as palavras do palestrante que respondia às questões de Michael Isikoff, da Yahoo News. Algumas incisivas outras meramente curiosas.

Brad revelou como o próprio staff do Facebook teve um papel ativo na educação da equipa digital de Trump e de como os anúncios colocados na página do então candidato geraram dinheiro suficiente para pagar a campanha. Houve apupos, aplausos e tudo o que seria de esperar de uma conferência em que o nome de Donald Trump foi mencionado mais vezes que o do próprio orador.

Falou-se dos bots russos que se fizeram passar por contas republicanas que foram retwetados pelo próprio presidente da campanha e falou-se ainda na campanha 2020. “Se pudesse dizer algo a Donald Trump neste momento o que seria?” – questionou Michael Isikoff. “Que me contrate novamente em 2020” – respondeu Brad em tom confiante. Para o chefe da campanha presidencial os tweets espontâneos e ativos de Trump foram desde o início uma mais valia para a campanha, pois colocou o candidato num contacto mais direto com o eleitorado. Para o vosso escriba esta foi talvez uma das conferências mais acesas e interessantes deste Web Summit, aconselho vivamente o seu visionamento na página de Facebook do certame.

Pelos outros palcos fala-se também de outras tendências e novidades. A Inteligência Artificial continua a ser o mote de muitos temas, incluindo as viagens. Gillian Tans é a CEO do Booking.com, plataforma que veio revolucionar a forma como compramos viagens de avião ou marcamos alojamento em determinado destino. O mercado realmente mudou e as próprias agências de viagens sentiram essa mudança mas com tanta oferta o Booking.com procura agora ajuda junto da Inteligência Artificial.

Basta pensarmos um pouco: fazemos uma pesquisa sobre alojamento em Roma, por exemplo. Os resultados e a oferta de hotéis ascende às centenas e para quem pesquisa começa aqui a dificuldade em selecionar aquilo que lhe é mais conveniente. É aqui que a Inteligência Artificial está a entrar, ao segmentar a oferta conforme o perfil do utilizador.

Mas há também quem viaje por outras razões, como os migrantes, por exemplo. Eles são obrigados a viajar, a mudar, muitas vezes com uma mão à frente e outra atrás. A Tecnologia e Migrantes foi o tema onde Djamel Agaoua, CEO da Viber se manifestou. A empresa, com forte presença no mercado na europa de leste, médio oriente e países do sudoeste asiático. “Eles são os verdadeiros empreendedores porque recomeçam a vida a partir do zero”, afirma o CEO e explica que aqui as plataformas como o Viber podem ser benéficas porque ajudam os migrantes. Um dos projetos em que a marca se envolveu foi o www.infomigrant.com que permite ajudar os migrantes a procurar informação relacionada com rotas, fronteiras abertas, ajuda a traduzir informação. Um projeto e um caso que pode servir de exemplo para as tecnologias ao serviço do futuro

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Jornalista: Marco Silva; Fernando Paula

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