Chegou ao fim mais uma edição do festival de criatividade Cannes Lions. A edição deste ano premiou na Riviera francesa o que de melhor se fez a nível criativo em todo o mundo. Portugal levou, este ano, 5 agências portuguesas a shortlist das quais 4 conquistaram Leões.
O Imagens de Marca falou com Vasco Perestrelo, presidente da MOP, empresa representante do Cannes Lions em Portugal.
“Diria que a integração da tecnologia/inovação/data no processo criativo é cada vem mais evidente” – afirma Vasco Perestrelo. “Existe também uma grande expectativa com o VR (realidade virtual) e o “mundo” de oportunidades a nível criativo que este formato vai abrir. Outra tendência cada vez mais óbvia são as marcas quererem entrar nos conteúdos que hoje, vemos. Entendem melhor que já não existe “espaço publicitário”, ou melhor, que já não chega estar nestes espaços para chegar ao consumidor. As marcas têm de ser relevantes para o consumidor e, para isso, têm de estar e criar contidos que traduzam esse posicionamento.”
Relativamente à prestação portuguesa no festival de criatividade, o responsável acrescenta que “estamos a voltar gradualmente ao nosso estado normal, um país que em termos relativos sempre esteve no topo dos índices criativos. Sempre disse que os anos de crise iam afetar muito a nossa performance e foi isso que aconteceu, no ano passado ganhamos só 1 Leão. Com os 8 Leões deste ano, os anos de crise parecem ter ficado para trás.”
“Costumo dizer que Cannes reflete sempre o que se passa na indústria e por isso criou há 2 anos o Lions Innovation (ficado mais na área tecnologia e inovação) e este ano o Lions Entertainment (muito virado para as indústrias produtoras de conteúdos – cinema, tv, música). Diria que isto reflete a maior tendência atual – a cada vez maior união e interligação entre as indústrias produtoras de conteúdos e de marketing, comunicação e publicidade.”
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