A campanha da Christian Dior para o novo rímel, protagonizada por Natalie Portman, foi proibida no Reino Unido depois de uma queixa por parte da L’Óreal, rival da marca. As acusações eram de que a Dior enganava os consumidores com o tamanho pouco real das pestanas da protagonista do anúncio, mostrando um resultado que não correspondia à realidade.
Segundo o site Marketing Directo, a L’Óreal apresentou a queixa à Advertising Standards Authority (ASA), órgão regulador de publicidade no Reino Unido, alegando que o anúncio impresso estava a exagerar de forma falsa os efeitos do produto. Na campanha podia ver-se uma foto da atriz com umas pestanas muito compridas, acompanhada de um texto em que se relatavam os milagres deste novo rímel.
A Dior defendeu-se com o argumento de que os consumidores não se queixaram do anúncio e que, como muitas mulheres utilizam pestanas postiças com regularidade, a imagem do anúncio não vai mais além das expectativas que os consumidores podem ter sobre o que se pode conseguir com uma sessão de beleza de rotina. A marca reconheceu que as pestanas de Natalie Portman foram digitalmente ampliadas, para aumentar a espessura e volume das mesmas.
A ASA ignorou a defesa da Dior, afirmando não ver nenhuma evidência de que o produto anunciado pudesse produzir realmente os efeitos que se vêem nas pestanas de Natalie Portman. Assim, o anúncio foi declarado enganador e exagerado, sendo proibida a sua comunicação no Reino Unido, assim como o seu relançamento.
Esta decisão foi aplaudida no âmbito político, como afirma a Exame Brasil, pela deputada liberal-democrata Jo Swinson, que é contra o uso de imagens de beleza não realistas em publicidade, “O que foi estabelecido na ASA contra a publicidade com fotografias muito retocadas deveria servir como uma chamada de atenção”, afirma.
Recordamos que não é a primeira vez que acontece algo do género naquele país, já que em fevereiro passado aconteceu o mesmo a uma campanha sobre um creme antirrugas da L’Óreal por retocar o rosto da protagonista Rachel Weisz, enganando os consumidores sobre os efeitos do produto. A marca já anteriormente tinha visto banidas outras campanhas como as de Julia Roberts, Christy Turlington e Penélope Cruz.
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