A Renault foi obrigada a retirar das redes sociais, no Reino Unido, o anúncio ao novo Clio, por este ser considerado “demasiado sexy”. “Sexualmente provocativo” e “um retrato de mulheres como objetos sexuais” foram os argumentos dados pela Advertising Standards Authority (ASA), orgão que regula a publicidade naquele país, para obrigar a marca francesa de automóveis a retirar o vídeo do YouTube.
No anúncio, um homem fazia um teste-drive com o carro e o vendedor pedia-lhe para apertar o botão denominado “Va Va Voom”, integrado nos próprios veículos. Quando pressionado, as imagens londrinas que circundavam o condutor transformavam-se num cenário parisiense, onde vários personagens considerados “clichés” da cidade do amor, passavam pelo carro, entre eles, as dançarinas do Moulin Rouge.
Nesta cena, as câmaras focaram a região dos seios e das cinturas das mulheres, o que causou alguma polémica, assim como as expressões das personagens que também foram consideradas provocantes pelo orgão regulador, e suscetiveis de causar ofensa generalizada.
Em resposta, o departamento de marketing da Renault no Reino Unido disse que o vídeo só foi disponibilizado no YouTube e que era destinado a um público adulto mais jovem do que o dos canais de TV tradicionais, afirmando que o mesmo era apenas uma brincadeira bem-humorada sobre a cultura francesa. Até ser banido, o anúncio recolheu mais de três milhões de visualizações no YouTube.
Mas esta não é a primeira vez que o Reino Unido proíbe certos anúncios no país. Recentemente um anúncio da Coca-Cola que promovia o combate à obesidade foi considerado pela ASA como “publicidade enganosa”, mandando retirar o filme do ar. Recordamos também o caso do anúncio a um perfume de Marc Jacobs, lançado em 2011 e protagonizado por Dakota Fanning, com 17 anos na altura. O argumento da ASA foi de que as imagens poderiam levar “à sexualização prematura” da jovem atriz. Um ano antes, em 2010, foi também retirado do ar o anúncio a um perfume de Beyoncé. Foi proibida a exibição de “Heat” durante o dia, devido ao seu conteúdo “demasiado provocante”. Mais atrás, em 2008, a ASA ordenou que se retirasse do mercado um anúncio da Ryanair onde aparecia uma menina de colégio “em poses provocantes”.
Temos por um lado a já vulgar exploração do corpo da mulher e por outro lado o puritanismo inglês