Afinal, o «movimento das bananas» era uma campanha de marketing

30 de abril de 2014

Afinal, o «movimento das bananas» era uma campanha de marketing

A sua atitude teve repercussão nos quatro cantos do mundo. No passado domingo, durante a partida de futebol que opôs as equipas do Barcelona e Villareal, o jogador Dani Alves pegou numa banana que lhe tinha sido atirada como insulto racista e decidiu comê-la.

A partir daqui, graças a uma campanha lançada por Neymar, o gesto deu origem a uma onda de solidariedade nas redes sociais, que rapidamente se tornou num movimento internacional contra o racismo.

Mas se inicialmente tudo parecia espontâneo, agora a revista brasileira “Veja” afirma que houve uma campanha publicitária a dar origem a esta atitude. A ideia parece ter partido de Neymar, que depois de ter sido alvo de racismo durante um jogo entre o Barcelona e o Espanyol, arquitetou a campanha em conjunto com a agência de publicidade Loducca.

“Neymar e seu pai me procuraram para dizer que precisavam se posicionar em relação às manifestações racistas. Queriam resolver isso de uma forma que colocasse a mensagem do Neymar de maneira forte. E decidimos trabalhar a ideia de que a melhor maneira de acabar com o preconceito é tirar a força dele e fazer com que a pessoa não repita o acto. Foi aí que criamos #somostodosmacacos. A ideia era começar com o Neymar comendo a banana e isso se tornar um movimento”, explicou Guga Ketzer, sócio da agência Loducca, em declarações à revista “Veja”. No entanto, este responsável nega o facto de tudo ter sido planeado: “O Neymar ia comer, mas como foi o Dani, maravilha também”.

Recorde-se que recentemente o atleta Nelson Évora, especialista em triplo salto e campeão olímpico em 2008, também aproveitou a onda, e, de forma a denunciar a atitude racista que alegadamente sofreu ao ter sido barrado numa discoteca de Lisboa, colocou uma fotografia no Facebook a comer uma banana.

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Jornalista: Francisco Branco

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