Se as taxas de recrutamento, promoção e retenção que se verificam atualmente se mantiverem, em 10 anos, a percentagem de mulheres em cargos executivos vai aumentar de 20% para 37% a nível global. Já a representação das mulheres na força de trabalho a nível geral é inferior a 50% e em 2025 será apenas de 40%, de acordo com o segundo o relatório anual global da Mercer: When Women Thrive.
Em comunicado afirma-se que “entre as principais conclusões reveladas no relatório encontra-se o facto de a representação das mulheres dentro das organizações diminuir à medida que o nível de carreira aumenta”.
“As abordagens tradicionais para apoiar a progressão na carreira das mulheres não estão a alcançar o impacto desejado tendo em conta os resultados atuais e o facto de esta não ser uma temática recente. A sub-representação de mulheres em todo o mundo, não só a nível da força de trabalho como ainda em lugares de topo, é um problema económico e social”, refere Nélia Câmara, Diretora da Mercer Portugal.
Diogo Alarcão, Country Leader da Mercer Portugal acrescenta que “este é o momento para agir: todas as empresas/organizações podem escolher entre: a) manter o status quo e esperar que a paridade aconteça naturalmente; b) fazer parte do grupo que está/irá contribuir para que a igualdade de género seja efetivamente uma realidade aproveitando o talento disponível, sejam eles homens ou mulheres.”.
Segundo o estudo da Mercer, apesar das mulheres terem mais possibilidades de serem contratadas para funções executivas do que os homens, “as mulheres estão também a abandonar as organizações no que respeita a funções de topo a uma velocidade 1,3 vezes superior à dos homens, pondo em causa os benefícios que se poderia alcançar ao ter mais mulheres a serem promovidas para lugares de topo”.
A América Latina irá atingir a paridade nas forças de trabalho entre homens e mulheres em 2025, e a Austrália e Nova Zelândia vão crescer de 35% para 40% na força de trabalho de mulheres. Portugal e Espanha estão alinhados com a Europa, prevendo-se um ligeiro crescimento, de 44% em 2015 para 45% em 2025.
“Nos próximos 10 anos, as organizações ainda não terão atingido a equidade de género na maioria de regiões do mundo prevendo-se a mesma situação para Portugal”, refere Nélia Câmara. “Se os CEOs querem garantir o crescimento futuro das empresas, nomeadamente através da diversidade, então torna-se urgente implementar algumas medidas diferentes do que se fez passado”.
O estudo é o mais abrangente do género com dados de mais de 600 organizações de todo o mundo responsáveis pelo emprego de 3,1 milhões de pessoas, incluindo 1,3 milhões de mulheres.
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