Ficou conhecida como o berço de Pedro Álvares Cabral, o descobridor do Brasil, mas nas últimas décadas tem-se afirmado como um local obrigatório em Portugal para quem quer conhecer de perto a cultura judaica. Na nossa viagem ao centro do país, fomos ao encontro de Belmonte, um caso singular na Península Ibérica da permanência das tradições hebraicas desde o início do século XVI até aos dias de hoje.
Durante a época da inquisição, a comunidade judaica de Belmonte conseguiu preservar muitos dos ritos, orações e relações sociais. E, apesar da pressão própria da sociedade católica portuguesa, vários belmontenses cristãos-novos continuaram a casar-se apenas entre si durante séculos.
Por ocasião do chamado “Hanucá”, ou “Festa das Luzes”, uma das celebrações com maior significado para a comunidade judaica, a nossa equipa teve oportunidade de ver ao vivo algumas das marcas desta cultura na vila. O Museu Judaico e a Sinagoga Bet Eliahu são alguns desses espaços.
O Presidente da Câmara Municipal, António Rocha, esteve à conversa com o jornalista Francisco Branco e explica de que forma esta excecional comunidade foi fundamental para a construção da identidade de Belmonte.
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