SOL, VERÃO, o melhor remédio anti-crise

8 de junho de 2015

SOL, VERÃO, o melhor remédio anti-crise

Miguel Caeiro, fundador The Street Brasil

No verão tudo fica melhor, o optimismo vence, os sorrisos aparecem, “carregamos” as nossas baterias ao sol, “lavamos” a nossa alma na praia e a vida flui com outro ritmo. Crise, qual crise, logo se vê no regresso.

Quantos não tiveram já aquela sensação de apanhar uns banhos de sol e sentir como se estivessem ligados à corrente que nem um iPhone a carregar? Só falta aparecer na nossa testa a percentagem de carregamento.

Além de todas as explicações que a ciência tão detalhadamente enumera, da ativação da vitamina D, e do cálcio, do raquitismo e tal, eu sou dos que acredita profundamente que existe algo de mágico que nos transforma em seres melhores, mais bem dispostos, mais educados, mais sorridentes, mais optimistas, mais tolerantes, enfim mais felizes, quando expostos a raios solares

Para alguns, onde me incluo, este fenómeno pode ainda ser alavancado se complementado com a presença numa praia, mais ou menos da moda, de água mais ou menos fria, de areal mais ou menos extenso, com mais ou menos petiscos, mas acima de tudo, praia.

Esta combinação explosiva de exposição solar conjugada com hábitos de veraneios provoca normalmente fenómenos sociais interessantes, cíclicos, e com impacto na nossa vida:

- silly season política – tradicional época em que os políticos assumem que não fazem nada e pior que isso expõe os seus hábitos de veraneio e atrevem-se inclusive a opinar sobre tudo o que lhes apetece, com espaço de antena nos media facilitado pela tradicional falta de assunto;

- epidemia dos “lugares da moda” – terrível febre de ter que estar, ser visto e acima de tudo ser VIP nos locais da moda, preferencialmente sem pagar e com muitas fotos que comprovem a presença e permitam posts incríveis nas redes sociais. De que adianta ir se ninguém souber ?

- a qualidade, já de si medíocre, da programação televisiva consegue piorar como se nos expulsasse de casa para os espaços ao ar livre, onde todos circulam com ar feliz e bronzeado.

- Crise, qual crise – definitivamente são conceitos proibidos neste período, em que novas perspectivas ganham animo, novos planos se desenham e todos os sonhos parecem possíveis. Isso da crise logo se vê.

- O “amor” anda no ar, e nas capas das revistas. As juras de amor eternos do primeiro semestre trocas as voltas aos leitores menos atentos e no final do verão algumas trocas foram feitas, alguns armários esvaziados, e mais algumas capas de revista com assunto para vender. Mas sempre com muita foto, muito desmentido e de novo juras de amor eterno.

- A gastronomia de veraneio em alta, agora “apimentada” com fotos entediantes no instagram antes da primeira mordida. Até as velhinhas Bolas de Berlim ganham estatuto de post no Insta, que luxo. Mas aposto para o Top5 nas amêijoas, nas sardinhas, no peixinho !!!!! e claramente nas novas e reinventadas sangrias de tudo e mais alguma coisa e por ultimo os renascidos e agora mais do que nunca na moda Gin’s.

Crise? Economia? Eleições? Exportações? Em Setembro logo se vê…..

“If there’s a heaven for me, I’m sure it has a beach attached to it.”

 Jimmy Buffett.

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