Qual é a “arena” da sua empresa?

5 de agosto de 2013

Qual é a “arena” da sua empresa?

Rafael Cerveira Pinto, Managing Partner – Squadra

Uma das ideias mais comuns na gestão tradicional é que, olhando para os dados sobre outras empresas do mesmo setor (benchmark) se consegue identificar a melhor estratégia para uma organização. De facto é verdade, um dos quadros de estratégia mais influentes, modelo das cinco forças, assume que normalmente a comparação faz-se entre empresas do mesmo setor. No ambiente de hoje, onde as fronteiras dos setores estão menos definidas, o cenário competitivo pode mudar rapidamente, pelo que defendemos que no futuro a estratégia envolve orquestrar movimentos competitivos, as novas “arenas”. Uma arena é uma combinação de um segmento de clientes, uma oferta, e um lugar em que essa oferta seja entregue.

A mudança para um foco em “arenas” significa que não se deve analisar um caminho para uma nova vantagem apenas com as equipas de gestão que asseguram o dia-a-dia das empresas. É necessário fazer uma reflexão estratégica mais abrangente e multidisciplinar, é preciso criar uma nova cultura de inovação que permita pensar de uma forma diferente, porque precisamente, os paradigmas estão a mudar.

Hoje em dia há necessidade de estudar e antecipar as dinâmicas de comportamentos dos Clientes e identificar ameaças e oportunidades de forma descomplexada. Depois, temos de definir prioridades e fazer as nossas apostas. Os gestores devem-se sentir livres para experimentar diferentes abordagens e modelos de negócios, reinventar as suas forças de trabalho e reprogramar as suas operações. Só depois de fazer este teste, medir resultados e retirar conclusões é que deverá ser efetuada uma mudança mais radical.

(ex: um estudo recente da Peugeot que concluiu que um consumidor de 18 anos de idade, em França, prefere ter o último modelo de um smartphone, a um automóvel!)

Por outro lado, como as características dos produtos poderão ser copiadas muito rapidamente, o desempenho deixa de ser fator de diferenciação; o que os clientes desejam e poucas empresas oferecem, são experiências bem desenhadas e soluções completas para seus problemas – job to be done!

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