30 de novembro de -0001

Opiniões que Marcam

Um velho mestre italiano contou-me um dia que no seu jardim, pleno de flores, havia uma que era a sua preferida por ser a mais bonita e viçosa. Talvez por isso mesmo dedicava muito mais tempo às outras. Achava que estas precisavam de maior atenção. Um dia, olhando a sua planta preferida descobriu que esta tinha murchado. Regou-a e quase de forma aflitiva, podou-a e mudou-lhe a terra. Mas nada. Tinha morrido para sempre. Já nada podia fazer…


Partilho este episódio porque ele me faz sempre lembrar a história das marcas. Se não forem trabalhadas diariamente, em todas as suas dimensões, corremos o risco de definharem, na maioria das vezes, de forma irremediável.


Ao longo do meu percurso profissional tenho tido a felicidade de poder trabalhar esta «massa» chamada marca. Uma das primeiras tarefas é clarificar a diferença que existe entre imagem e identidade de marca e que o ideal é que as duas coincidam. Quando tal acontece a empresa esta no bom caminho, caso contrário, há um importante e profundo trabalho a realizar. Uma marca forte e sólida é, sem dúvida, mais do que uma oportunidade, um excelente recurso para fortalecer qualquer negócio.


Convém, porém, não esquecer que construir (ou manter ou melhorar) uma marca não depende só de grandes lançamentos RP ou fantásticas campanhas publicitárias. E eis que chego à minha segunda etapa: convencer o board que uma marca é sempre algo transversal a toda a empresa e por isso, antes de dar a conhecê-la ao mundo, ela deve ser trabalhada e interiorizada internamente. Cada elemento da empresa deve saber claramente quais os objectivos, como atingi-los e sobretudo qual o papel de cada um na defesa da marca.


Acontece que num mundo que «gira» cada vez mais rápido e os consumidores são cada vez mais exigentes, as empresas (e as marcas) tem que se adaptar aos novos tempos e não se podem dar ao luxo de se limitar a vender marcas. Os consumidores, sobretudo os novos consumidores, querem que as marcas interajam, que parecem – mas também sejam – realmente diferenciadoras. Não podem ser artificiais, muitas vezes inúteis, mas uma preciosa mais valia para quem as consome.


Posto isto, é ou não é importante ter uma marca forte? Sobre isso, falamos depois. É marca da casa.

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