7 de julho de 2008

Opiniões que Marcam

Lisboa Sexy


Lisboa é a morada mais sexy da Europa.


 


E ser sexy…


é ter ruas e ruelas, becos, escadas e escadinhas, chafarizes, bicas e calçadas


é despertar os sentidos, é estar perto das pessoas e das coisas


é ter uma canção sensual – o Fado -, uma língua viril – o Português – e uma alma sonhadora – a do Poeta.


Uma cidade onde mora a luz, o sol, a tranquilidade, a genuinidade; onde são vizinhas a tradição e a modernidade.


 


Tradição secular


As festas são a linguagem da cidade, uma forma de expressar o colectivo, de  exteriorizar os sentimentos identitários de um povo, de desabafar os males do ano.


 


Lisboa namoradeira sai à rua, em Junho, e para os que teimam em não querer aceitar o poder deste tipo de marc(h)as populares, vejam os arraiais cheios de símbolos: arquinhos, balões, manjericos e costumes de uma carismática sensualidade popular.


 


O povo sempre gostou de cantar e dançar. Esta tradição começou religiosa (as Maias), fez-se pagã, foi proibida, mas voltou, caótica, pela mão do povo e tornou-se um ícone.


 


Lisboa criou estas marc(h)as como símbolos da sua identidade alfacinha, nascida entre o rural e o urbano e incorporou outras influências:


 


Uma das quais dos Franceses que, para celebrar a revolução, marchavam ao “flambeaux”; este costume foi adoptado pelos portugueses que lhes passaram a chamar “Marcha ao flambó”, substituindo os archotes revolucionários dos franceses por “balões de papel” e “fogo-de-artifício”.


 


A Importância económica deste tipo de marcas


As Festas de Lisboa estão hoje classificadas entre os 50 melhores festivais europeus, à frente da Feira de Abril em Sevilha ou das Festas de Sto. Isídro em Madrid. Mais de 500.000 pessoas terão participado nos festejos deste ano, números significativos, mas ainda muito distantes do carnaval de Nice ou da Semana Santa de Roma.


 


A transformação de manifestações espontâneas em “marcas” – festas populares – que envolvessem toda a cidade e a projectassem no exterior, trazendo-lhe benefícios económico e simbólico, era já uma preocupação de quem tinha responsabilidades intelectuais e políticas no princípio do século passado e esta veio a manifestar-se um pouco por toda a Europa.


 


As marcas populares assumem hoje uma importância extrema na afirmação cultural e económica de Lisboa. Neste tipo de marcas o êxito é a tradição, deixando clara a importância que o trabalho de recontextualização do passado tem para a evolução sustentada do futuro.


Esta Lisboa, tem de marc(h)ar ao “flambeaux” e  afirmar-se, internacionalmente, como uma das grandes marcas territoriais do mundo.


 


Uma marca que como Fernando Pessoa – que nasceu em dia de festa, a 13 de Junho, precisamente há 120 anos – queria que todos fossemos.


 


Uma Lisboa Plural – popular, moderna e sexy – como o universo.


 


 

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