Criatividade (Para Além da Crise) Brasileira

23 de março de 2015

Criatividade (Para Além da Crise) Brasileira

Elizete de Azevedo Kreutz, Presidente do Observatório de Marcas, Editora Regional da revista científica BrandTrends e professora-investigadora da Univates - Brasil

Em época de crise, as boas notícias são bem-vindas, posto que devolvem a esperança e a energia positiva para as pessoas. Apesar de a criatividade não ser, para muitos, sinónimo de economia, negócio, renda, é ela que está elevando não apenas a auto estima dos brasileiros como também os números: o setor cresceu 90% na última década.

A indústria criativa é uma tendência dominante na economia e está dividida em quatro grandes áreas: consumo; cultura; médias e tecnologia. Na tecnologia estão as (sub)áreas da biotecnologia, pesquisa e desenvolvimento, tecnologia da informação e comunicação – TIC. Como exemplos, podemos citar desde os games às cidades digitais. No país do futebol, os jogadores de games (jogos digitais) estão transformando a brincadeira em profissão e, cada vez mais, a indústria de videogames contrata mais profissionais no Brasil. Em Águas de São Pedro, a cidade digital do interior de São Paulo, os dispositivos tecnológicos facilitam a vida de seus habitantes e os conectam ao mundo.

A média (editorial, audiovisual) juntamente com a cultura (património e artes, artes cênicas, música, expressões culturais) ultrapassam as fronteiras. É por meio da literatura que a marca verde-amarela chega até a França, que homenageia o Brasil no Salão do Livro Paris 2015, de 20 a 23 de março. São 45 escritores que nos representam e apresentam nossa cultura. Entre eles estão o premiado escritor e redator publicitário, João Carrascoza, e a escritora e atriz Fernanda Torres.

No consumo (arquitetura, publicidade, design, moda), a criatividade brasileira também conquista seu espaço, seja nas curvas livres e sensuais de Niemeyer, nas campanhas publicitárias memoráveis de Olivetto, na irreverência do design-arte dos irmãos Campana ou (re)criação da moda e dos modos do Brasil.

Os criativos inventam as coisas e delas nascem as marcas, a propriedade intelectual… um universo de possibilidades que faz da indústria criativa um dos segmentos mais importantes do Estado na geração de empregos e renda. Isto significa dizer que sua relevância deve (ou deveria) resultar em inovação das políticas públicas de incentivo aos profissionais e ao fomento para o desenvolvimento da área e, por consequência, elevaria a economia. Em época de crise… é bom ser criativo!

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