Consumidor: fragmentação, conhecimento e personalização

22 de agosto de 2016

Consumidor: fragmentação, conhecimento e personalização

Alberto Rui Pereira, CEO IPG Mediabrands Portugal

Estamos no meio de uma era sem precedentes em que o consumidor assume cada vez mais, e de forma inequívoca, o controle a todos os níveis: desde do consumo de media, até ao processo de escolha e compra das marcas.

Em cada viagem a qualquer loja de aplicações mobile, consumidores descobrem novas formas de se conectarem com amigos, novos conteúdos, novos serviços. Embora essas escolhas e opções venham sempre beneficiar os indivíduos, colocam também a todo momento, novos desafios aos profissionais de marketing e comunicação, num contexto de crescente complexidade e escolhas: cada novidade que é lançada no mercado, fragmenta ainda mais a nossa atenção, num confronto com a realidade inultrapassável de que um dia tem 24 horas e tudo o que surge de novo, ou reduz o nosso sono/descanso ou vai canibalizar ofertas já existentes.

Como Marketeers, somos hoje obrigados a gerir e assimilar uma realidade, onde as plataformas emergentes podem criar um “ponto cego”, para o que está aí ao virar da esquina :  o novo estágio do Virtual Reality, o crescimento de aplicativos de mensagens , dispositivos inteligentes em casa (que vão canibalizar tradicionais hábitos de media) , a promessa cada vez mais real do “live” , etc.

O novo panorama da oferta e consumo de media e entretenimento/conteúdos não vai abrandar e cada vez mais e mais, haverá novidades e saltos qualitativos da oferta com que nos vamos confrontando. Esta é a realidade e temos de estar preparados e conviver naturalmente com esse facto.
Enquanto o espaço do consumidor cresce exponencialmente com esta dinâmica nas escolhas, o mesmo pode ser dito relativamente ao nosso mercado.

As oportunidades são inúmeras e o manancial de dados gerados por estas  novas plataformas, serão seguramente uma fonte de alimentação de novas capacidades de planeamento da nova geração da nossa indústria.
As ferramentas hoje disponíveis, colocam-nos em posição de caminhar cada vez mais para a personalização da comunicação e dos conteúdos disponibilizados: descobrir insights que nos permitam falar com o público certo, no lugar certo e no tempo certo, face aos objetivos de cada marca.

A janela de oportunidade para alcançar eficazmente os targets é cada vez menor, e cada vez mais será necessário aumentar o impacto e a eficácia de cada contacto. Personalização e uma segmentação cada vez mais fina dos toutch points é critico para sermos relevantes, bem como para a obtenção de coberturas realmente eficazes.

Os consumidores estão a descobrir e explorar ferramentas para descobrir o que comprar, o que ler, o que assistir, por isso é natural que os marketeers façam as suas sugestões/recomendações ou tentem ir ao encontro dos interesses do seu target. Comunicação personalizada é resposta  natural num mundo alimentado pela recomendação de algoritmos, “social feeds” e “influencer endorsement”.

Embora não possamos garantir onde a atenção e o focus estarão amanhã, uma coisa é certa: as mensagens mais relevantes são as que mais apelam e despertam a atenção dos consumidores. As ideias, a criatividade, a inovação e a diferenciação, assente num conhecimento profundo do target, continuarão a ser os “ingredientes” que fazem realmente a diferença, na relevância destas mensagens.

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