As marcas e liberdade de expressão do consumidor na era global

24 de abril de 2013

As marcas e liberdade de expressão do consumidor na era global

Carolina Afonso, especialista em marketing

time_YouA propósito do 25 de Abril e das reflexões típicas destes dias sobre a liberdade, é interessante também fazer o mesmo exercício aplicado à liberdade de expressão das próprias marcas.

O que registamos actualmente é que as marcas já deixaram de ser “donas” da sua reputação e há muito que a comunicação com o consumidor deixou de ser unilateral.

Hoje em dia, fruto dos avanços da tecnologia, vivemos em rede, e a comunicação passou a ser multilateral com os consumidores envolvidos em teias de contactos entre si, sendo eles os protagonistas do momento. Até a própria conceituada revista TIME colocou numa das suas capas mais emblemáticas a seguinte mensagem: Personalidade do Ano > YOU!

Fazendo uma retrospectiva, sobre esta revolução tecnológica que veio permitir ao consumidor conquistar o seu direito à palavra no que ao marketing diz respeito:

Em 1989, Tim Berners-Lee desenvolveu o modo gráfico da internet. Até 1999, Shawn Fanning e Sean Parker não tinham criado o Napster, considerado um dos precursores das redes P2P, que mudaram a forma como os jovens acedem a arquivos digitais em todo o mundo. Foi em Abril de 2001 que Bram Cohen lançou o protocolo BitTorrent; Janus Friis e Niklas Zennström desenvolveram o Skype, em 2003.

E é na década de 2000 que surge o fenómeno das redes sociais, com o MySpace e depois com o Facebook em 2004. Em 2005, Hurley, Chen e Karim criaram o YouTube. Jack Dorsey deu vida ao microblogging Twitter em 2006.

E a partir daqui e até ao momento são inúmeras as redes sociais existentes estando agrupadas por temas diversos, desde música, plataformas de blogging, vídeos, conversas, etc.

Ou seja, a liberdade de expressão das marcas hoje em dia está na forma em como se adaptam face a estes avanços tecnológicos e deles saberem tirar partido. Assumirem de uma vez que as marcas são feitas pelos próprios consumidores e não pela imagem que estas têm de si e que querem impor ao mundo.

As marcas que melhor compreenderem que o desafio está em saber envolver o consumidor com a marca (engagement), convidando-lhe a fazer parte da construção da própria marca, estando atentos aos seus inputs e praticando uma escuta activa, melhor preparadas estarão para enfrentar os desafios futuros.

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