A onda

1 de Junho de 2017 em Opinião,Opinião

A onda

Entre as praias do Sul, o city break lisboeta, o vinho e a cidade do Porto, a onda da Nazaré é um dos principais pilares de comunicação da marca Portugal no mundo e atualmente o maior impulsionador de histórias da região centro nos media internacionais.

A onda que no inverno rebenta na praia do Norte da Nazaré tem sido um autêntico engodo para a projeção mediática internacional do Centro de Portugal. Só no primeiro trimestre deste ano já foram mais de 250 notícias que encontrámos nos media internacionais a falar sobre a onda da Nazaré e o pico mediático tem sido uma constante nos últimos anos – é um facto que é a onda gigante que projeta a praia da Nazaré para o epicentro mediático do Centro do país.

O surf é um eixo de comunicação que abre as portas a um turista que procura a essência dos locais exatamente como eles são – Passei férias na Nazaré há mais de 30 anos atrás e hoje consigo abstrair-me de tudo os que nos rodeia e acreditar que na sua essência, a Nazaré continua exatamente igual ao que era – o que é absolutamente maravilhoso. Claro, por aqui e por ali, encontramos mais turistas, sobretudo os que fazem a peregrinação da maior onda do mundo, mas com naturalidade passaram a fazer parte do ecossistema, confundem-se com a paisagem e não alteram nada de importante, na praia que se orgulha de ser considerada a mais típica de Portugal.

A história da onda da Praia do Norte contada em dois episódios:

1 – Em 2005 Dino Casemiro, bodyboarder nazareno envia um e-mail a desafiar McNamara para conhecer as ondas da Praia do Norte.

Durante mais de 3 anos inquietou-o com as fotografias de grandes ondas perfeitas que lhe enviava sempre que podia para o e-mail.

Um dia o surfista norte americano telefonou-lhe e disse-lhe: arranja-me umas motas de água que eu vou para aí.

2 – Em 2011, McNamara surfou a maior onda do mundo na Praia do Norte – uma montanha de água de 27 metros de altura. A fotografia da onda gigante e do destemido surfista enquadrado com o promontório e farol que faz fronteira entre a Praia do Norte e a Praia da Cidade, foi capa da “Times” e correu o mundo.

A herança do feito de McNamara, para além de colocar a Nazaré na rota mundial das grandes ondas, conferiu à marca Portugal uma identidade, com um grande potencial de comunicação – as ondas e os seus artistas podem convergir numa comunicação sobre as localidades e as suas tradições; a região centro e a sua versátil oferta; o país e as suas condições turísticas de excelência.

As histórias dos cavaleiros das montanhas de água que superam a própria mortalidade, fazem por si a agenda da atualidade. Aproveitar este tributo e faze-lo render novas histórias que sustentem, consolidem e reforcem a marca do país em que vivemos no mundo, é o desafio que agora se coloca.

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