3 de junho de 2008

Entrevistas

Video: Filme de apresentação da ilove, uma das publicações que a OPP coloca em produtos como garrafas de água ou de refrigerantes.


 



É um rótulo. Mas traz muito mais que um rótulo convencional. É um novo conceito que se assume acima de tudo como “um inovador canal de comunicação”. Já presente em 135 países e com clientes como a Coca-Cola, a Tetra Pak, ou a Nestlé, o sistema de rotulagem da On Product Publishing, OPP, desdobra-se em formatos removíveis de pequenas revistas, quer sejam de entretenimento, comunicação institucional, promoções, cupões ou outros formatos que se adeqúem às intenções de cada empresa.



É, segundo explica a própria empresa na sua apresentação, uma forma “de aliar e integrar uma publicação num produto e utilizar os canais de distribuição já existentes desse produto para a fazer chegar a um mercado massificado”. Daí que marcas de grande nome tenham já percebido o potencial desta “inovação”.



Joanna Wojtalik é a criadora do conceito e esteve em Portugal para apresentar a sua “ideia”. O Imagens de Marca foi perceber como funciona o OPP, que agora chega a Portugal através de um parceria com a Peres & Partners.


 







Imagens de Marca: Como é que surge esta ideia?
Joanna Wojtalik:
Estava a estudar marketing na altura, em 2004, e tínhamos que arranjar um projecto que fosse inovador. Imaginei-me a ir a uma loja e a comprar um produto e pensei: porque acrescentar-lhe uma componente de entretenimento? E enquanto mulher achei que podia ser acerca de beleza, “fofoquices”, moda, Hollywood, etc. Então, a ideia inicial foi essa mesmo, a de colocar num rótulo normal algo que fosse de entretenimento.


 


IM: Como é que passou então a ideia para o mercado?
JW:
Discuti bastante com o meu colega Alex Mckinnon [actual CEO da OPP], que tinha trabalhado em várias publicações, e ele viu que do ponto de vista de uma publicação a minha ideia era excelente, porque com o OPP podemos facilmente colocar uma revista num produto. E por outro lado é uma óptima forma de conseguir mais circulação e mais visibilidade a essa publicação. Começámos então a trabalhar junto nisso e criámos a empresa em 2005.


 


IM: Como é que chegaram depois ao conceito e ao formato da publicação?
JW:
Ao início testámos vários formatos. Foi pensado um formato do tipo “concertina”, outro do género “rolo de papel”. Enfim, até chegarmos a este formato de revista. Lançámo-lo com seis capas diferentes, para que o consumidor possa escolher um tema diferente cada vez que escolhe o produto…


 


IM: … Uma espécie de mini revista para cada tema?
JW:
Sim, a ideia é que seja uma publicação de leitura rápida. No caso das revistas elas são direccionadas a mulheres que estejam em movimento e que levam o produto consigo, por exemplo nos transportes públicos, e aproveitam para ler algo interessante e engraçado.


 


IM: Mas o OPP é também utilizado enquanto canal de comunicação para as empresas?
JW:
Sim. A grande vantagem do OPP é o canal de comunicação que ele permite entre produto e consumidor. Seja numa vertente de entretenimento, seja informativa acerca do produto ou promoções. No fundo é aquilo que se quiser fazer. A grande vantagem é essa. Desde logo porque o rótulo convencional não oferece muito espaço para isso. É muito limitado.


 


IM: E o OPP que espaço oferece?
JW:
Chegámos a um conceito de 32 páginas. O tamanho ideal para poder facilmente ser colocado no rótulo de uma garrafa, por exemplo.


 


IM: Começaram desde logo a tentar trabalhar com grandes empresas? Como é o caso da Coca-Cola, que já adoptou o OPP.
JW:
Não, no início quisemos provar o valor do nosso negócio. E isso aconteceu depois de termos lançado a “ilove” em garrafas de água. Ganhámos dois prémios. Um de “melhor rótulo” e outro de “melhor conceito geral”. Foi algo que nos deu uma visibilidade e projecção enormes. Passado muito pouco tempo a Coca-Cola ligou-nos a perguntar: como é que podemos trabalhar juntos?


 



IM: E em Portugal onde é que se vai situar a vossa aposta?
JW:
Para já na nossa parceria [com a Peres&Partners]. Eles conhecem a marcas, os produtos e partilham do nosso espírito de inovação. Ainda não definimos tudo o que havia para definir, mas estamos muito confiantes que a aceitação por parte das empresas portuguesas vai ser muito boa.


 


IM: Mas já consideraram com que marcas podem vir a trabalhar?
JW
: Como disse, ainda estamos a definir algumas coisas, mas tenho a certeza que vamos ter notícias do OPP para breve.


 


 

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