25 de fevereiro de 2011

Entrevistas

Sérgio Marques, Director Parfois


 


 


Imagens de Marca (IM): Quando e como surge a Parfois, e pelas mãos de quem?


Sérgio Marques (SM): A marca Parfois, enquanto marca de acessórios de moda, nasceu em 1994 pelas mãos de Manuela Medeiros, numa altura em que a oferta de acessórios de moda em Portugal era ainda inexistente. A ideia resultou das muitas viagens que Manuela Medeiros fazia ao estrangeiro e que lhe permitiu inspirar-se em conceitos já existentes noutros países. Manuela Medeiros mantém-se como presidente da empresa e accionista de referência.


 


IM: Qual o seu conceito empresarial?


SM: A Parfois oferece uma gama completa de acessórios de moda, nomeadamente malas, porta-moedas, lenços, bijuteria, chapéus, malas de viagem, cintos.
Distingue-se da concorrência por ter design próprio, pela actualização permanente da tendência dos produtos, por apresentar novidades em loja todas as semanas, por praticar preços justos e acessíveis, pela imagem e espaço da loja e pela atenção ao cliente.


 


IM: Qual o investimento inicial realizado?


SM: Uma loja Parfois custa em média 80 mil euros


 


IM: Qual a estratégia da empresa para Portugal? Quantas lojas já têm e em que espaço de tempo?


SM: A Parfois, desde a sua abertura em 1994, é líder de mercado em Portugal.
Novas aberturas em Portugal serão sempre resultantes de uma oportunidade de negócio relativa a uma localização concreta, em virtude de o mercado estar já muito preenchido. Para este ano estão já previstas 4 lojas próprias e 1 loja franchisada.
Neste momento temos 29 lojas franchisadas num total de 100 lojas em Portugal e encontramo-nos de Norte a Sul do país.


 


IM: E ao nível da internacionalização? O que é que já existe e quais as perspectivas para os próximos tempos?


SM: A internacionalização surgiu naturalmente por uma marca que é líder no seu mercado de origem e que não lhe permitiu continuar a crescer de forma significativa.
Nos dias de hoje somos líderes de mercado em Portugal e na Arábia, sendo o objectivo da marca ser a melhor marca de acessórios nos mercados onde opera.
A estratégia da marca aponta para a Europa e o Médio Oriente, sendo elegíveis três mercados para trabalhar com lojas próprias (Espanha, França e Polónia) e os restantes em regime de franchising. Nos próximos anos vamos crescer quer nos países existentes quer nos novos deste grupo, mas também vamos fazer algumas incursões em posições geográficas distintas, com vista a perceber quer o potencial dos mercados quer a notoriedade da marca. É o caso da abertura que fizemos em Marrocos e também das lojas que estamos a abrir nas Filipinas, onde abrimos 2 lojas durante o ano de 2010. Estaremos durante este ano a estudar a expansão da marca na China.
Nos próximos anos o número de lojas a abrir deverá ser crescente, ou seja, para 2011 prevemos abrir 68 novas lojas e nos anos seguintes este número deverá ser superior.



 


IM: Quais as maiores dificuldades que têm sentido fora de Portugal e como as ultrapassam?


SM: Um dos maiores problemas enfrentado aquando da internacionalização diz respeito à falta de notoriedade, sendo que algumas marcas já entraram em alguns dos mercados há bastante tempo e por isso estão bastante à frente neste domínio. Também a dificuldade de encontrar os melhores locais, quer pela indisponibilidade de lojas, quer pelas altas rendas praticadas, é um entrave à expansão da marca encontrada em diversos países. Neste momento já operamos em 26 países fora de Portugal e na maior parte deles a expansão ainda está no início, aumentando muito a complexidade e a dificuldade em ganhar notoriedade.


No entanto, estes entraves são ultrapassados com a selecção de bons parceiros locais com localizações premium e com a experiência ao nível do retalho de moda  que vão de encontro à estratégia que é estar nos locais com mais tráfego e maior visibilidade e que possibilitam à marca tirar maiores dividendos em termos de imagem. Normalmente os franchisados internacionais são empresas que já operam outras marcas de retalho em regime de franchising no respectivo país, permitindo criar sinergias na negociação de rendas assim como também nos oferece maiores garantias de profissionalismo.


 


IM: E qual a estratégia de marketing da marca?


SM: A nossa Visão é ser a melhor marca de acessórios de moda nos mercados onde operamos e é este o principal sentido com que trabalhamos todos os dias.
A Parfois posiciona-se em primeiro lugar como uma marca que oferece moda, i.e. a cliente sabe que na loja Parfois vai encontrar os produtos de tendência e que esses produtos são actualizados todas as semanas. Os nossos clientes-alvo enquadram-se no segmento dos vanguardistas na adopção das tendências mais recentes de moda e dos seguidores das mesmas. Este posicionamento é reforçado com a Visão que tem do negócio, o que significa que tem que ser muito boa em todos os restantes factores importantes para o cliente.
A presença da marca nos melhores locais comerciais nos países onde se encontra presente, a própria imagem da loja, uma equipa de design próprio em Barcelona e no Porto, as novidades em loja todas as semanas, assim como a oferta da tendência de moda do momento aos melhores preços, permite alcançar maior notoriedade junto do consumidor final e contribui assim para o sucesso da marca.


Quanto a campanhas de comunicação, usamos por norma o bellow the line, principalmente com colocações em revistas e programas de televisão. Fazemos ainda comunicações específicas para casos pontuais, por exemplo nas aberturas das lojas de rua de Cracóvia e Varsóvia foram feitas campanhas específicas no Facebook, convidada uma personagem polaca famosa para estar na inauguração e feito um outdoor gigante num ponto nevrálgico da cidade durante um mês

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