18 de janeiro de 2011

Entrevistas

Imagens de Marca (IM): Qual a importância do social media e redes sociais?
Miguel Figueiredo (MF):
Social media são todos os sítios onde as marcas podem ter conversas com o utilizador. Engloba blogs, canais de vídeo, redes sociais e assenta sobre as ligações com outros indivíduos. Este é um potencial meio de comunicação das marcas com os utilizadores.
A estratégia, portanto, passa por decidir se quer ter essa “conversa”… antes de decidir o meio e o formato há que decidir se quero estar na social media e de que forma quero estar. Sempre presente com a questão inicial: é um meio que permite conversar com o utilizador. As marcas têm de estar preparadas para ouvir o que os outros têm para lhe dizer. Este é o primeiro passo: começar a ouvir!


 


IM: O que mudou?
MF:
As marcas têm de ter consciência de que estamos num diálogo e que isso tem impacto no produto ou serviço daquela marca. É necessário ter consciência de que se existem variáveis que não estão bem na empresa, elas vão aparecer logo.
As marcas não decidem estar ou não no social media… a decisão está nas mãos das pessoas. Ou seja, se os utilizadores querem falar sobre uma determinada marca, eles vão falar, quer a marca queira, quer não. Assim, este é não é um meio onde se controlem as coisas!


 


IM: Como analisa a  popularidade versus retorno:
MF:
Neste meio há muito mais informação do que em qualquer outro meio! E as marcas têm de ter consciência de perceber o que vale a pena e o que interessa medir, em função dos objectivos a que se propõe com a presença nestes suportes.
É necessário definir objectivos (aumentar a notoriedade; a relação com o grupo, fãs; aproximação do consumidor; provocar experimentação; aumentar as vendas…) depois, é ver as medidas em função desses objectivos. Por exemplo, se nos propomos a estar numa rede social e o nosso objectivo é aumentar a notoriedade, temos de avaliar indicadores como o número de visualizações, o número de “gosto” (no caso do Facebook), o número de seguidores (no caso do Twitter), entre outros.


 


IM: Todas as marcas deveriam estar? Como?
MF:
É abusivo afirmá-lo! Mas é necessário olhar para este meio, como em tempos se olhou para outros meios, como a televisão. Antigamente todos se aperceberam do poder da televisão e todos teriam de comunicar naquele suporte… e penso que com os Social Media vai acabar por acontecer o mesmo. As grandes marcas não vão encarar outra possibilidade, vão querer estar, efectivamente, nestes suportes e perceber que o retorno que têm, mais do que compensa. Haverá certamente redes mais importantes para determinado tipo de marcas. Por exemplo, se o meu target é mais profissional, se calhar o Linkedin é melhor opção do que o Facebook; se a minha marca tem um grande caudal de informação, se calhar o Twitter pode ser uma melhor escolha.


 


IM: Qual a estratégia?
MF:
Os Social Media devem começar a fazer parte dos planos de comunicação, certamente. Se atentarmos nos números: o Facebook já tem 3 milhões de utilizadores em Portugal e 20% desses utilizadores entram todos os dias na página; ou seja, esta é uma oportunidade para as marcas que não faz sentido elas perderem. Estar nos social media tem um método e uma forma de trabalho específicos. Como não se paga espaço e porque as pessoas é que decidem o que querem ver, a marca tem de garantir que é vista e tem de investir na qualidade dos conteúdos para a poder diferenciar das restantes. Deve investir-se na produção de conteúdos e ter um parceiro para ajudar a fazer esses conteúdos. É um meio que obriga a ter óptimos criativos do seu lado!


 


IM: E as diferenças na comunicação?
MF:
Se eu quero que os utilizadores/consumidores falem comigo eu tenho de lhes dar temas interessantes para eles conversarem. Por exemplo, o que as grandes marcas de telecomunicações fazem é apostar no tema da música, para diversificar os temas que abordam nestas redes. Assim como o Futebol que é um tema sempre querido pelas pessoas. E estes temas têm de ser alimentados com conteúdos que tornam a presença da marca relevante e distintiva.



Avalie este artigo 1 estrela2 estrelas3 estrelas4 estrelas5 estrelasMiguel Figueiredo, CEO Excentric

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