3 de março de 2008

Radar

 


A ideia é bastante simples: a mãe está ao telefone e passa a chamada ao filho para que este dê um beijo de boas noites ao pai que está fora. No exacto momento em que o rapaz começa a falar, entra no quarto o realizador norte-americano Martin Scorcese. Para ele a cena está mal pensada: a criança não deve tratar a outra pessoa por pai mas sim por Frank, um homem que acabou de sair da prisão. A mãe não está apenas em pé, deve ter também uma garrafa na mão. Está assim criada a analogia que transmite a mensagem central de uma campanha publicitária destinada às salas de cinema: “Nós não interrompemos os seus telefonemas. Não interrompa os nossos filmes.”


 


 


O gigante de telecomunicações norte-americano AT&T é o responsável pela campanha que conta com a colaboração de diversos realizadores e actores de Hollywood. Para já, os anúncios estão limitados a algumas salas de cinema, mas o sucesso e notoriedade alcançados leva o grupo a pensar em alargar a campanha a todas as salas de cinema do país . A AT&T não divulga os valores relacionados com este investimento.  


 


A publicidade nas salas de cinema atingiu, em 2006, valores superiores aos 450 milhões de dólares, segundo o “Cinema Advertising Council”, a entidade que gere o sector nos Estados Unidos. Os números representam um crescimento na ordem dos 15%, quando comparados com os resultados do ano anterior. Fernando Paula


 


 

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