Uma marca de Lisboa que faz correr outras marcas

25 de Março de 2013 em Atualidade

Uma marca de Lisboa que faz correr outras marcas

Cerca de 40 mil pessoas participaram ontem na 23ª Meia Maratona de Lisboa. Além de atletas profissionais, a prova juntou, à semelhança de outros anos, famílias e amigos, atraídos sobretudo pela travessia da Ponte 25 de Abril.

Considerada um ícone da capital, a iniciativa nasceu fruto da vontade de um pequeno grupo de pessoas, que, depois de formarem o Maratona Clube de Portugal, necessitavam de arranjar recursos para os atletas do organismo.

Carlos Móia, o mentor da prova, revela que no início foram muitas as barreiras, sobretudo burocráticas, que tiveram de ser ultrapassadas: “Atravessar a ponte era uma coisa tremendamente difícil. Na altura falámos ao Dr. Mário Soares, que era o Presidente da República, que levou o assunto ao Eng. Ferreira do Amaral, Ministro das Obras Públicas. A resposta foi mais ou menos esta: nós temos de consultar o gabinete americano que projetou a ponte, para ver se é possível ser passada a correr ou não. Depois de esperar vários dias, telefonei ao engenheiro a dizer que pensava não existir vontade política, e o Dr. Ferreira Amaral disse-me: se você quiser tomar a responsabilidade, está autorizado. Mas quem era eu para assumir tamanha responsabilidade?”

Meses depois chegava a informação por que Carlos Móia tanto ansiava: o tabuleiro aguentava o desafio sem qualquer tipo de problema. Já com o apoio do Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, o Dr. Jorge Sampaio, a prova arrancou a 17 de Março de 1991, tendo como figura de cartaz Rosa Mota.

Se na altura a prova era apoiada apenas pela autarquia alfacinha, hoje a realidade é bem diferente. “Antes em termos de marketing não havia qualquer ideia. Hoje é tudo feito medido, remedido, tudo pensado nas marcas e obviamente no retorno que elas têm. Tem que haver um retorno para esses parceiros. Não há dúvidas de que sem as marcas não havia absolutamente hipótese de ter o nível que temos. Fazer a Maratona fazia-se à mesma, mas o nível seria diferente”, afirma Carlos Móia.

Calcula-se que a Meia Maratona tenha um impacto de 8 milhões de euros na economia da cidade, graças, sobretudo, aos cerca de 3 mil estrangeiros que todos os anos vêm de propósito assistir à prova rainha do atletismo em Portugal.

Brevemente percorra connosco a história deste evento, e descubra as razões que levam marcas, como a EDP e a Médis, a não abrandar o ritmo no seu apoio à Meia Maratona de Lisboa.

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