3 de outubro de 2013

“Se conduzir não dê boleia ao sono”

Chamar a atenção para os perigos de conduzir com sono é o objetivo da campanha desenvolvida pela Bottom Line Ativism para um projeto europeu liderado pela Associação Portuguesa de Sono e que vai para o ar precisamente hoje em diversos meios de comunicação.

Destinando-se a todos os condutores, esta campanha tem como conceito criativo uma das metáforas mais internacionais associada ao sono: contar ovelhas.

A criatividade da agência nacional Ativism irá, assim, chegar além-fronteiras, já que todos os materiais escritos, bem como os dois spots criados para televisão, produzidos pela GorillaFilmes, vão ser exportados para os 15 países associados ao projeto.

Estes países irão receber nos próximos meses também a visita do “Wake Up Bus”, um autocarro que levará a 11 cidades europeias materiais educativos e de sensibilização para os perigos da sonolência ao volante. O Porto foi o primeiro destino deste autocarro, que estará em Lisboa durante a tarde de hoje. Está prevista a realização de ações de rua que irão envolver simuladores de capotamento, distribuição de materiais informativos, bem como a avaliação dos graus de sonolência excessiva e de probabilidade de ter apneia do sono.

Fique a conhecer aqui os bastidores das gravações desta campanha, que foi desenvolvida pela Ativism em regime de “pro-bono”.  António Fuzeta da Ponte (AFP), diretor executivo da Bottom Line Ativism, e Paulo Afonso (PA), diretor criativo da mesma agência, explicam-nos de seguida os contornos do projeto.

IMAGENS DE MARCA: Como surgiu a oportunidade de se tornarem os responsáveis pela criatividade da campanha?

A.F.P.: “A campanha transitou com o Paulo Afonso da antiga agência onde era director criativo. A relação e o resultado final da primeira campanha superaram as expectativas de todos. De forma muito natural o convite voltou a ser feito. Depois a Associação Portuguesa do Sono veio conhecer a Ativism e depositou então a confiança, de novo, no Paulo Afonso e agora também em toda a estrutura Ativism.”

I.M.: Sendo uma campanha “pro-bono”, porque razão decidiram associar-se a esta causa?

A.F.P.: “Em primeiro lugar, porque o desafiou criativo era novamente muito interessante. Desta vez o target principal são os condutores profissionais e do ponto de vista de exposição da campanha deixou de ser só para Portugal e passou a ser europeu. Existem pelo menos 15 países envolvidos e a campanha faz parte integrante de um projecto – WAKE-UP BUS – que a APS, na pessoa da Dra. Marta Gonçalves, vai apresentar ao Parlamento Europeu com o apoio do eurodeputado Dr. Paulo Rangel.”

I.M.: O que representa em concreto esta campanha para a Ativism, tendo em conta que a campanha será exportada para vários países?

A.F.P.: “São raras as oportunidades que uma agência portuguesa tem de ser envolvida num projeto a nível europeu. A campanha terá uma enorme exposição e o desafio de criar uma ideia que funcionasse em  todos os países envolvidos é muito aliciante. É a primeira vez que “exportamos” criatividade para um espectro de países tão alargados. E não conheço muitos outros casos, no nosso mercado, de igual dimensão e dispersão geográfica.”

I.M.: Que conceito que está por detrás desta campanha?

P.A.:  “A nossa campanha surge de um insight real, quando estamos na transição entre a consciência plena e o sonho ocorrem uma espécie de alucinações. Acho que todos nós, ou pelo menos quase todos, já passámos por isso. Daí surgiu o nosso conceito para a campanha deste ano “Não dê boleia ao sono”, que consistiu na ideia de ter carneiros a pedirem boleia na estrada, de forma crescente, reforçando cada vez mais o cansaço e a sonolência. No fim temos a surpresa de já termos o sono dentro da cabine, ao lado do condutor.”

I.M.: O que é que a criação desta campanha envolveu em termos técnicos?

P.A.: “O anúncio foi filmado fora de Lisboa, mais propriamente na zona de Alcochete. Durou uma noite e estiveram envolvidos, desde a produtora (Gorilla), à pós-produção, fotografia, sonoplastia, actores , músicos, etc., mais de 50 pessoas. Nos filmes utilizámos tanto ovelhas reais como “mokups”, depois a pós-produção fez o resto. Como todos sabemos, filmar com animais nunca é fácil, muito menos à noite, mas no fim, tudo correu bem. Em suma, foi mais um daqueles projectos que sendo em regime de “pro-bono” dependeu ainda mais do profissionalismo e dedicação de muita gente que desde o primeiro dia acreditaram nesta ideia.”

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Francisco Branco

Comentários (1)

  1. O anúncio beneficia em muito da qualidade musical e envolvimento da banda sonora, constou-me que é de uma banda portuguesa.Que se aproveite mais o talento nacional!

    por: Afonso MP,

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