O Reino Unido votou ‘Sim’ ao Brexit. O resultado do referendo que anuncia a saída dos britânicos da União Europeia deixou em queda o valor da libra esterlina nos mercados cambiais em mínimos de 30 anos, o valor mais baixo desde 1985, noticia o Financial Times ^[1].

David Cameron apresentou a sua demissão enquanto primeiro ministro devido ao resultado do referendo. Apesar de elogiar o exercício da democracia que colocou em prática o referendo, Cameron explicou aos jornalistas, junto da sua residência em Downing Street, que não seria correto comandar o seu país para o seu próximo destino, concluindo que “o resultado deste referendo pede um novo primeiro ministro”, escreve o The Telegraph ^[2].

São períodos de incerteza que se avizinham após o resultado deste referendo, segundo a Moddy’s que já reagiu a esta decisão em comunicado.

Mário Centeno, o ministro das Finanças português, em entrevista à TSF ^[3], garante que “Portugal não será afetado por eventuais perturbações de mercado que decorram da saída Reino Unido da EU” e que “as necessidades de financiamento estão asseguradas.” Na mesma entrevista Centeno acrescentou que está plenamente convencido de que a Europa saberá lidar com uma eventual saída do Reino Unido da EU.

Já o primeiro ministro português, António Costa, afirmou que vê nesta decisão do Reino Unido uma oportunidade da União Europeia se concentrar no que é essencial e útil à vida dos cidadãos europeus. Em declarações aos jornalistas, Costa, reforçou que a “UE tem que assegurar uma economia que garanta prosperidade e que facilite ligações comerciais entre os países.”

Para o primeiro ministro, este referendo deve ser olhado como um desafio e que é um sinal de que os cidadãos não se sentem representados pelo que a União Europeia tem vindo a significar.

Apesar do referendo desta quinta feira ter vencido com 51,9% dos votos a saída do Reino Unido da Europa não será para já.

O Imagens de Marca está a acompanhar o impacto que o Brexit poderá ter na Europa e na economia portuguesa.