Que caminhos podem seguir as agências em 2014?

4 de janeiro de 2014

Que caminhos podem seguir as agências em 2014?

Novas áreas de negócio, novas agências especializadas e a união de esforços para crescer são alguns dos caminhos adotados por agências criativas e de meios para se diferenciarem no mercado.

No início de um novo ano é comum fazer-se um balanço do ano que passou e nas agências de não é diferente. Todas fazem uma reflexão sobre o trabalho dos últimos 12 meses, já com olhos postos nos desafios que 2014 poderá trazer. O negócio das agências tem encontrado novos modelos e formas de trabalhar para conseguir responder melhor às necessidades dos clientes. Delinear novos rumos e estruturar novas áreas de negócio para adaptarem-se às mudanças do mercado é essencial.

A Ogilvy apresentou no início de 2013 a Ogilvy Red, uma unidade de consultoria estratégica dentro da agência. A aposta nesta área nasce com o objetivo de dar resposta aos desafios crescentes dos clientes e ajudá-los a ser bem-sucedidos num mundo cada vez mais centrado nos consumidores e não apenas nas marcas. Criada em Nova Iorque, em 2011, hoje conta com 1600 especialistas em todo o mundo. Mas é em Portugal que algumas das competências ganham mais força, como a área de Competitive Intelligence, única no Grupo e que consideram ser um fator diferenciador da Ogilvy Red. Uma competência que serve a network Ogilvy a partir de Lisboa. Luís Madureira, Sócio da Ogilvy Red Portugal e Líder da Área de Competitive Intelligence afirma que existem especialistas, como ele, a trabalhar a nível internacional a partir de Portugal, com gestão de clientes mundiais. O objetivo máximo é tornar o complexo, simples.

Mas apesar da área de consultoria ser já uma tendência nas agências a nível internacional, em Portugal ainda está a dar os primeiros passos. Eurico Nobre, Vice-Presidente Ogilvy Portugal, acredita que a razão para este facto é “a dimensão do próprio mercado”. “Nós, normalmente, nestas tendências somos early adopters, mas não somos o sítio onde essas coisas começam, porque não temos dimensão pra isso”, conclui.

Para Carlos Coelho, Presidente da Ivity, que garante já trabalhar esta área há muito tempo, é da opinião que a profissionalização de uma empresa de meios que prestem melhores serviços aos seus clientes tem tardado no mercado nacional, mas acredita que em 2014 a realidade possa muda. “Não se consegue reconverter alguém que está habituado apenas a responder a briefings para ser alguém que constrói os briefings. Com a necessidade, a necessidade aguça o engenho, estou certo que o ano 2014 vai certamente criar melhores empresas”, garante. Para o especialista em criação e gestão de marcas é precisar pensar mais antes de agir e observar bem os mercados e só as agências que desenvolverem competências neste sentido vão conseguir diferenciar-se no mercado.

2014 traz também uma nova agência ao mercado. Sem fins lucrativos, a Alice For Good, criada pela Normajean, tem o objetivo de trabalhar o terceiro setor, isto é, trabalhar em permanência com instituições ligadas a causas sociais. Após sete anos no mercado, a Normajean reposiciona a sua estratégia para trabalhar uma comunicação mais humanista. A Alice for Good abre portas com quatro clientes que herda da Normajean: a Terra dos Sonhos, o Verde Movimento, o Pé de Feijão e a Voz da Criança.

Mas também as agências de meios procuram novas formas de ganharam mais força com o mercado. A união faz a força e segundo Florian Grill, Vice-Presidente Executivo da Columbus Media International, uma organização internacional que reúne cerca de 40 agências de meios de diversos países, é necessários criarem-se redes de agências que possam servir de alternativa às grandes empresas. Reveja o artigo do Imagens de Marca sobre a cimeira realizada pela Columbus em Portugal, em Novembro passado.

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Sandra Pinto Barata

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