Presença da tecnologia dificulta leitura das emoções

1 de setembro de 2014

Presença da tecnologia dificulta leitura das emoções

Os jovens estão cada vez mais dependentes da internet e da tecnologia, em geral. É o que comprova um estudo realizado pela Universidade da Califórnia, Los Angeles, que demonstra que esta realidade conduz a um défice de interpretação das emoções, na faixa etária mais jovem.

Os resultados do estudo demonstram que quanto mais as crianças usam os meios digitais, maior a tendência para a diminuição das suas capacidades sociais. A co-autora do estudo, Dr. Patrícia Greenfield, professora de psicologia na Universidade da Califórnia, revela que “a diminuição da sensibilidade de sinais emocionais – perder a habilidade de decifrar as emoções das pessoas- é um dos custos do uso intenso de telemóveis e computadores”, segundo a Exame Brasil.

No entanto, os investigadores descobriram que basta uns dias longe da tecnologia para que as interações sociais voltem a melhorar. O estudo foi realizado em dois grupos de pré-adolescentes: um dos grupos participou num acampamento em que, durante cinco dias, não poderiam utilizar equipamentos tecnológicos; enquanto que o outro grupo, que não estava no acampamento, poderia utilizar qualquer tipo de tecnologia.

De acordo com a Exame Brasil, os investigadores descobriram que, após os cinco dias, os jovens que foram ao acampamento saíram-se muito melhor que o outro grupo, por conseguirem identificar mais facilmente as expressões faciais.

Contudo, Yalda Uhls, investigadora da UCLA, também co-autora do estudo, confessa não ter a “certeza de que foi o tempo longe dos gadgets” que levou à melhoria das capacidades sociais, mas acredita que esse tempo “significa que eles tiveram mais cara-a-cara e que isso contribuiu para a melhoria das interações sociais”.

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Jornalista: Ana Gaboleiro

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