29 de julho de 2014

O “naming sponsor” traz melhor eficácia?

“A música não percebo muito, mas o nome gosto bastante!” – Terá sido esta a resposta que saiu do departamento de Marketing da Unicer há cerca de 20 anos, perante o desafio da promotora Música no Coração, para a marca patrocinar um festival dedicado ao rock com o seu nome. Foi novidade em 1995, e desde que há memória, terá sido mesmo o primeiro festival em Portugal com o naming sponsor de uma marca.

A celebrar as 20 edições em 2014 e, numa altura em que as marcas introduzem nos estudos de mercado a avaliação da eficácia desta estratégia face às experiências de outras marcas no recinto, a Super Bock, não tem dúvidas em afirmar que no seu caso, a aposta continua a ser feliz! Mas alerta: “hoje, há muitos nomes de diversos eventos com diversas marcas e nem sempre é fácil, que no final do dia, quer o público ou os restantes intervenientes se recordem do evento como tendo aquela marca associada”.

Segundo o estudo brandSponsor de 2014 do Grupo Consultores, “não é linear referir que o naming sponsor é o que traz melhor eficácia. Apenas se pode considerar que é a melhor estratégia para uma marca, quando esta tem capacidade de investimento e pretende ter uma associação exclusiva a determinado evento”. No caso do Super Bock e ainda de acordo com dados recolhidos em maio por este estudo, o reconhecimento da marca patrocinadora é largamente alcançado, sendo o segundo festival no ranking de notoriedade, com um Naming score de 72%. O primeiro lugar foi ainda conquistado pelo Optimus Alive, antes da mudança do nome.

Uma estratégia de patrocínio que se tem revelado eficaz para a marca da Unicer e que foi importante para impulsionar o negócio das promotoras de eventos de música em Portugal. A história do Super Bock Super Rock foi também um novo caminho percorrido em conjunto pela marca patrocinadora e a empresa Música no Coração, que conseguiu desta forma tornar-se mais competitiva no mercado nacional, tornando o preço dos bilhetes mais acessíveis. A relação de parceria dura há já 19 anos e foi uma experiência importante para o crescimento de ambos os negócios, também além-fronteiras. Testado com sucesso em Portugal, o Super Bock Super Rock seguiu a partir de 2002 uma estratégia de internacionalização para agitar a notoriedade da marca em mercados fortes para a exportação, como Angola e Espanha.

Contando com as presenças fora de portas, são ao todo 26 edições do festival, 20 das quais decorreram em território nacional. Os sons do festival continuam a querer fazer-se ouvir noutros mercados, captando uma percentagem importante de público através de campanhas de comunicação nas redes sociais e com alguns parceiros locais, como é o caso do restaurante Nando’s em Inglaterra. Ações que trazem todos os anos ao Meco, festivaleiros sobretudo ingleses e espanhóis.

Em 2014, passaram pela Herdade do Cabeço da Flauta, no Meco, cerca de 86 mil pessoas. Um balanço que a organização considera positivo e que se estende ainda às 20 edições do festival. Segundo a Unicer, feitas as contas, estas 20 edições representam qualquer coisa como 4 meses de concertos, com quase 2 milhões de pessoas e mais de 1000 bandas e artistas nacionais e estrangeiros. Números que pesam na história do festival, que conseguiu trazer a Super Bock para o ranking das marcas mais associadas à música, conquistando o primeiro lugar quando se fala no setor das bebidas. Não perca no próximo sábado a reportagem do Imagens de Marca sobre o Super Bock Super Rock no palco da 20ª edição.

Avalie este artigo 1 estrela2 estrelas3 estrelas4 estrelas5 estrelas
Loading ... Loading ...
Jornalista: Maria José Martins; Imagem: João Ricardo Pinto; Edição: Rui Rodrigues

Comentários (0)

Escreva o seu nome e email ou faça login com o Facebook para comentar.