22 de abril de 2008

O futuro passa pelas plataformas multimédias

“Os Novos Desafios dos Media”, tema que deu o mote ao almoço-conferência que juntou anunciantes, agências de meios e patrões dos órgãos de comunicação para assinalar o 10º aniversário do Meios&Publicidade.


 


“A Internet não está a atrair o investimento merecido”, concluiu Manuel Polanco, patrão da Media Capital, “as agências não souberam convencer os seus clientes das vantagens desta plataforma”. Algo que terá custos para as próprias empresas, “já que fizeram investimentos despropositados em outros meios, esquecendo-se de que estamos na era digital”. Já Francisco Pinto Balsemão, presidente do conselho de administração da Impresa, garante que “é necessário educar os comerciais das empresas para aproveitarem as tecnologias e coloca-las ao serviço de novas formas de publicidade”.  Quanto ao surgimento de um quarto canal generalista, Manuel Polanco prevê “que tenha como resultado uma guerra de preços no âmbito comercial”.


 


O patrão da Impresa traçou ainda os objectivos para o Grupo, reafirmando a “importância de órgãos de comunicação credíveis na gestão da informação”. Para Francisco Pinto Balsemão, a febre em torno da chamada Consumer Generated Media, tendência que passa por os consumidores finais de informação serem também produtores, vai abrandar, sendo a tendência “para que o consumidor procure uma orientação na gestão da informação”. Balsemão defende ainda “um comportamento reivindicativo em relação aos motores de busca, sabendo explorar da melhor maneira aquilo que eles têm para oferecer” e “uma menor dependência da publicidade”, que no caso da Impresa está nos sessenta por cento.


 


Já Paulo Fernandes, presidente do Grupo Confina, avança que no futuro irá acontecer uma selecção natural entre os diferentes grupos de comunicação, provocada pelo aumento da concorrência entre os grupos. O presidente da Cofina vê a internacionalização como uma estretágia futura para os órgãos de comunicação. Ideia reiterada por Balsemão, que defendeu “parcerias” entre os diferentes meios de comunicação e empresas. 


 


Uma das principais conclusões do encontro foi a de que os órgãos de comunicação têm de ser vistos como multiplataformas, “devendo os media saber distribuir e adaptar o maioria dos conteúdos ao maior número de plataformas”, conclui o patrão da Impresa.

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