O futuro do turismo

9 de maio de 2012

O futuro do turismo

Coube a Armando Rocha, sócio da consultora turística Neoturis e com vasta experiência no setor da Hotelaria, fechar o colóquio “Turismo em Portugal: Passado. Presente. Que futuro?”, na Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril.

Armando Rocha começou por dar destaque ao número de turistas que circularam pelo mundo em 2011 – 980 milhões, mais 41 milhões de turistas internacionais do que em 2010 –, explicando que o turismo passou de um caráter massificado para um novo conceito onde prevalecem os conceitos de autêntico, único e diferente.

Segundo o especialista também se observam algumas mudanças no comportamento dos turistas. Há cerca de 10 anos estávamos perante um consumidor pouco informado, que dependia de intermediários turísticos, como agências de viagens, tinha um período de férias de média ou longa duração, preocupava-se em preparar as viagens com antecedência e estava pouco preocupado com as questões ambientais. Já hoje o consumidor está mais informado, interessado e exigente, tem à disposição o processo de procura e compra independente através da internet, tem períodos de férias curtos e mais vezes por ano, faz reservas de última hora, as suas motivações para realizar viagens diversificaram, e estão cada vez mais sensibilizados com as questões de sustentabilidade e de turismo responsável. O especialista realçar a importância de plataformas como o Facebook, que vieram desmistificar determinadas ideias que os turistas possuem sobre certos destinos.

Face a estas mudanças, Armando Rocha sublinha a importância que os “têm que vender experiências, e não apenas vender quartos”, e isso passa pela inovação, paixão e dedicação. O especialista afirma que numa indústria cada vez mais competitiva, o mais importante é a diferenciação, pois “de outra forma o consumidor não tem a perceção do produto” e a instalação hoteleira acaba por não conseguir se posicionar perante as restantes.

Cada vez mais os turistas tendem a poupar e a gastar menos em viagens e atividades de lazer, em consequência da crise económica e da diminuição do rendimento disponível. O turismo é feito de sonhos, de expetativas, de experiencias e de partilha de conhecimento. Daí surge a necessidade de conhecer, surpreender e satisfazer o turista.

É, preciso “perceber e antecipar as tendências do consumidor que busca oportunidade únicas e diferentes”.

Antes de terminar, Armando Rocha deixou à audiência alguns dados para ter em linha de conta no futuro. Até 2015 as regiões do globo que maior contributo terão para o crescimento do turismo no global são a América Latina e a Ásia. A classe média da Ásia constituirá a maior quota de viajantes internacionais no mundo e 40% do consumo mundial. Em 2020, 78% das cadeias hoteleiras irão cobrir todos os segmentos, desde hotéis budget, luxo e históricos.

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Francisco Branco.

Comentários (2)

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