Com 90,64% dos votos dos acionistas, segundo o jornal iOnline, Miguel Almeida foi eleito Presidente Executivo da ZON Optimus. O antigo Presidente Executivo da Optimus assume, assim, a liderança da fusão entre as duas operadoras.

À agência Lusa, Miguel Almeida afirmou que o objetivo da ZON Optimus é “consolidar a posição competitiva” em Portugal e crescer fora do mercado português.

Em Dezembro de 2012, altura em que as empresas anunciaram a fusão, o Imagens de Marca partilhou a notícia ^[1], onde num comunicado feito pelas empresas à CMVM, Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, explicam que este negócio “permitirá obter uma otimização de recursos significativa e uma maior eficiência e rendibilidade que servirão de alavanca para o reforço de capacidade de investimento da entidade resultante, seja em novos mercados, sem em novos produtos, com maior qualidade e competitividade”.

Além de Miguel Almeida, a comissão executiva integra Luís Lopes, antigo administrador da ZON, Ana Paula Marques e Manuel Ramalho Eanes, ambos da Optimus, André Almeida, administrador da ZAP em Angola, José Pereira da Costa, que já era administrador financeiro da ZON e Miguel Veiga Martins, que transita da angolana Unitel para a nova operadora. Segundo o jornal Expresso, Rodrigo Costa, Presidente da Zon até então, passa a administrador não executivo da nova empresa. Por seu lado, a Presidência do Conselho de Administração cabe a Jorge Brito Pereira, advogado de Isabel dos Santos, filha do presidente angolano.

Nove meses após o início das conversações para a fusão e mais de um mês depois da luz verde concedida pela Autoridade da Concorrência para a fusão das duas empresas, realizou-se, hoje, a primeira assembleia-geral da Zon Optimus, que oficializou a escolha do Presidente Executivo. Da ordem de trabalhos, segundo o Jornal Público, fez parte a discussão dos novos estatutos em que se manteve o limite de participação acionista de 10% a empresas concorrentes, que já existia na Zon.

Com receitas conjuntas a rondar 1,6 mil milhões de euros e uma quota de mercado de 28%, o novo grupo de telecomunicações que vem disputar o mercado com a Portugal Telecom (PT) é detido em 50,01% pela ZOPT, empresa detida em partes iguais pela angolana Isabel dos Santos e pela Sonaecom de Paulo Azevedo, segundo o Jornal Público. Entre os principais acionistas da Zon Optimus estão, assim, a Sonaecom (7,28%), o BPI (4,53%), a Fundação José Berardo e Metalgest (3,49%), a Espírito Santo Irmãos (3%) e Joaquim Oliveira (2,90%).

Segundo vários meios de comunicação, em bolsa, a Zon Optimus vale aproximadamente 2267 milhões de euros.