26 de fevereiro de 2010

Mercados Lusófonos

Avanços


 


«O poder infinito de Deus não está na tempestade, mas na brisa»,


Rabindranath Tagore


 


Madeira. O motivo da discórdia respeitante à alteração da legislação sobre finanças regionais é, agora, o motivo da união, do entendimento e da força de vontade que caracteriza a solidariedade dos portugueses de todos os quadrantes. Está provado: os portugueses são um povo de causas. Somos efectivamente os mais abnegados, os que saltam para a linha da frente quando está em jogo ultrapassar dificuldades que nos ponham em risco como povo e como Nação.


 


Cavaco Silva, José Sócrates e Alberto João Jardim entenderam-se. Contam com o apoio do português Presidente da Comissão Europeia Durão Barroso para todos os esforços necessários que levarão às ajudas da União Europeia.


 


A reconstrução da Madeira está em marcha e os resultados serão rapidamente visíveis. João Jardim não se lamenta, não alimenta o pessimismo que, nestes momentos, invade quem perdeu tudo e os seus entes mais queridos. Quer fazer a Festa da Flor em Abril, porque considera que a melhor forma de ajudar a Madeira é dar a conhecer ao Mundo o que a Madeira tem de melhor. Subtilmente, traçou um objectivo mobilizador. Como só os líderes sabem fazer. Arregaçou as mangas e coloca-se incondicionalmente ao lado do povo para a reconstrução, com os olhos postos no futuro. Diz em entrevista a Judite de Sousa: “eu vou pôr isto de pé”. Estilos à parte, é inequívoca a vontade deste político: servir o povo, lutar pelo seu bem-estar e pelo seu futuro.


 


Não creio que João Jardim esteja na política por muito mais tempo. É o normal ciclo da vida. Paradoxalmente, creio ser bem provável que possa vir a ser referenciado como exemplo de união de esforços em tempos difíceis, não procurando lamentos, mas força anímica para ultrapassar as adversidades e fazer prosperar os que agora sem nada ficaram.


 


Um bom exemplo de luta pela dignidade de uma região, pela sua imagem externa, e pelo valor que acrescenta.
 



Recuos


 


«Fala se tens palavras mais fortes do que o silêncio, ou então guarda silêncio»,


Eurípedes


 


Francamente, não consigo compreender o que move um líder político com a responsabilidade de ser o número um do partido da oposição, logo de alternância de governo, a tecer afirmações que põem em causa a credibilidade do país, especialmente numa altura tão crítica como a que vivemos. Manuela Ferreira Leite, de forma espantosa, vem referir que Portugal “está rigorosamente no mesmo caminho da Grécia e que, se nada for feito, dentro de dois anos pode a situação pode ser idêntica ou pior”, falando numa conferência promovida pela Câmara de Comércio Luso Francesa.
Com que ideia ficarão os nossos parceiros de negócio franceses depois destas palavras? O que ganhámos colectivamente com isso? Nada. Que dividendos políticos a líder do PSD retirou das suas afirmações? Nenhuns. Mais do que um recuo, é um «tiro no pé».


 


Quadro Resumo da semana







AVANÇOS 



  • O sentimento de união e de solidariedade dos portugueses em momentos difíceis.

 



  • Definitivamente, somos um povo de causas.


 


 







RECUOS


 



  • As palavras infelizes de Manuela Ferreira Leite, ao referir-se que Portugal segue o mesmo caminho da Grécia.



 


Balanço  da semana



AVANÇO – esta semana, o exemplo de união em torno das soluções para ultrapassar dificuldades produzidas pela tragédia na Madeira, é um avanço para Portugal. Voltamo-nos a recordar que somos um povo de causas, e quando as temos, unimos esforços e obtemos resultados.

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