12 de fevereiro de 2010

Mercados Lusófonos

Avanços


 


«A coragem conduz às estrelas, e o medo à morte»,


Lucius Annaeus Seneca


 


Fugir à crise, às «vistas curtas» do Orçamento de Estado aprovado esta semana no parlamento, aos problemas do défice e à gravidade da situação económica portuguesa que faz eco nos mercados financeiros internacionais, não é tarefa fácil.


Bem-aventurados os portugueses que continuam a pensar e a agir guiados pelo sentido positivo.


 


Foi apresentada uma nova marca, Vinhos de Portugal, com o objectivo de estimular a exportação e aumentar as vendas internacionais de vinhos portugueses. Trata-se de um investimento a realizar nos próximos quatro anos, através do Instituto da Vinha e do Vinho, no valor de 50 milhões de euros, financiado através de fundos comunitários e das taxas de promoção pagas pelos produtores. Pelo que foi anunciado, esta marca centra-se em conceitos que caracterizam os vinhos portugueses: prestígio e autenticidade.


 


É igualmente um excelente exemplo Joana Vasconcelos, artista plástica portuguesa que brilha com “Marilyn”, um par de sapatos gigantes, concebidos com panelas e tampas portuguesas, impressionante obra artística que vem na sequencia das cópias que tiveram início numa primeira versão – “Dorothy” -, exposta em 2007 na Bienal de Veneza. “Marilyn” acaba de ser arrematada em Londres pela Christie’s, em leilão dedicado à arte do pós-guerra e contemporânea, ao lado de obras de Gilbert & George, Andy Warhol ou Roy Lichtenstein. A base de licitação da obra foi excedida em mais do triplo, atingindo os 573,964 mil euros.


 


À mesma hora, dominam as «faces ocultas» da política caseira. Bem- aventurados os portugueses de coragem, que da lei da morte se vão libertando.



 


Recuos


 


«Quem se gasta em palavras, raramente se gasta em acções»,


Gustave Le Bon


 


Incontinência verbal é um termo que graça nos tempos que correm. A coisa está quente: é impressionante o número de vezes que foi proferida a palavra «escutas» num tão curto espaço de tempo. Largas centenas de horas de televisão e rádio, e muitas páginas de jornais foram dedicadas às «escutas». E muitas foram as considerações. Tantas, que fazem jus à incontinência verbal que invade o espírito da politica fácil e mediática. A tentação do poder é brutal, nem que para isso se ponha em causa a imagem de Portugal no Parlamento Europeu. Foi o que fez Paulo Rangel, eurodeputado português, agora candidato a líder do maior partido da oposição e, logo, candidato a candidato a Primeiro Ministro de Portugal, ao referir-se ao “alegado plano do governo português para controlar a comunicação social pondo em causa o Estado de Direito”. Valeu o facto de o Parlamento Europeu estar praticamente vazio à hora que falou…


 


Quadro Resumo da semana







AVANÇOS



  • O investimento em marcas que ajudem a projectar Portugal e os portugueses que teimam em libertar-se da «morte lenta» da sociedade que se esgota em palavras. 


 







RECUOS



  • A falta de bom senso dos responsáveis políticos que não acrescentam credibilidade à imagem de Portugal.
  • As divergências resolvem-se em casa, e não na «praça europeia».



 


Balanço  da semana


AVANÇO – mais por uma incessante vontade de realçar o que de positivo fazemos. A avaliarmos pelas horas de carga negativa que a comunicação social nos colocou em cima, então o resultado seria outro. Mas, as boas notícias de portugueses que vencem, merecem o destaque que as televisões, os jornais e a rádio não lhes conferem.



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