14 de janeiro de 2016

Luxúria, gula ou preguiça. Os pecados mortais das marcas?

“Uma semana após o lançamento do iOS os bloqueadores de anúncios, ditos ad blockers, ocupavam o primeiro e o terceiro lugar na lista de aplicações pagas mais descarregadas, se considerarmos todo o mercado de apps”. Este é um dos desafios do marketing de hoje dados a conhecer por Stephen Loerke, presidente executivo da Federação Mundial de Anunciantes (WFA).

Tempos desafiantes que põe à prova a criatividade e inovação nos diferentes canais onde é preciso comunicar. “Do they get your message?” foi o tema da conferência da APAN, dedicado aos millennials, uma nova geração de consumidores que nasceu com a era digital e que veio para “mudar as regras do jogo”.

Demasiada exposição aos anúncios, interrupção, escolha dos momentos, transparência, exagero na comunicação, falta de personalização, e pouca criatividade, são os pecados mais cometidos pelas marcas e que levam muitas vezes ao afastamento do público-alvo.

“Estudámos o comportamento dos utilizadores do Twitter em relação à publicidade e descobrimos que os consumidores estão cansados de serem bombardeados com publicidade. Daí criámos os sete pecados mortais das marcas, ou seja, aqueles que afastam mais as pessoas do marketing”, explica Jon Wilkins, diretor executivo da Karmarama.

Num mundo onde apenas 8% dos consumidores diz ser fiel às marcas, onde estão as mesmas a errar? “Hoje em dia é preciso as marcas irem além dos produtos. Não basta criar um bom produto, nem diferenciarem-se, é preciso chegar ao coração dos consumidores, relacionar-se com o consumidor e captar a sua atenção num competitivo mercado”, refere Stephen Loerke.

Se o propósito, os princípios e a participação são os novos 3 P´s do marketing que podem vir a mudar o futuro, já Brian Jacobs acredita que a verdadeira mudança pela estratégia de investimento nos diferentes canais de comunicação.

“Na minha opinião, é preciso um mix. Ou seja, não basta investir nas redes sociais é preciso combinar isso com os meios tradicionais, como a televisão. Dizer que a televisão chegou ao fim não é real. A televisão tem ainda um impacto muito significativo nos orçamentos das marcas”, partilha ao Imagens de Marca o fundador e presidente executivo da BJ&Associates.

Coragem e ousadia é o que se espera da criatividade para os próximos tempos, assumindo sempre o compromisso de fazer chegar o conteúdo e a intenção de cada mensagem ao consumidor.

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Jornalista: Ana Gaboleiro; Imagem: Patrique Almeida; Edição: Rui Rodrigues

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