Vídeo: Acção de marketing de guerrilha no Porto, levada a cabo pela IKEA para promover a inauguração do Mar Shopping.

 

Ingvar Kamprad de Elmtaryd em Agunnaryd. I.K.E.A., para os clientes

 

Contar a história do IKEA é, em boa parte, contar a história de seu fundador. Uma história escrita pelo génio visionário de um sueco, que aos cinco anos de idade, ainda no início da década de 30, já começava a vender fósforos aos vizinhos. Dos fósforos, passa para as sementes de flores, cartões de boas-festas, decorações para árvores de Natal, lápis e esferográficas, e aos 17 anos, Ingvar Kamprad, nascido na quinta de Elmtaryd na aldeia de Agunnaryd, funda a sua própria empresa. Escolhe o nome IKEA, juntando as iniciais do seu nome ( Ingvar Kamprad) com as da quinta (Elmtaryd) e da terra onde vivia (Agunnaryd) .

Quando arrancou com o negócio, a IKEA vendia canetas, carteiras, molduras, naperons, relógios, bijutaria e meias de nylon. Isto, em 1943, pouco tempo antes de Ingvar se aperceber de que as vendas de porta a porta deixavam de trazer resultados. Daí que em 1945 o seu negócio passasse a assentar no conceito da mostra por catálogo e da venda por correio. Um sucesso. Contudo, o verdadeiro negócio IKEA ainda estava por surgir.

Os móveis por correio
É em 1948 que a IKEA vende os seus primeiros móveis, provenientes de fábricas locais, nas florestas do sul da Suécia, perto de casa de Ingvar Kamprad. A resposta dos clientes foi tal, que quando saiu o catálogo de 1951 a empresa já o dedicava inteiramente à venda de mobiliário, abandonando de vez todas as outras áreas de negócio.

Mais tarde, numa altura em que a concorrência parecia determinada em deitar a baixo a IKEA, Ingvar Kamprad decide apostar na experimentação antes da compra. Uma decisão que viria a salvar o negócio, com a abertura da primeira exposição de móveis em 1953, em Älmhult. Na mesma localidade onde seis anos mais tarde Ingvar veria a sua insígnia ganhar a forma de loja. O primeiro espaço IKEA.

 

Nesta altura, a IKEA já tinha adoptado a característica pela qual viria a diferenciar-se dos concorrentes: a colocação dos produtos em embalagens planas para facilitar o transporte. Uma característica que aliada à “auto-montagem” fazem parte do conceito de negócio da empresa, preservado até à actualidade. Ainda hoje a IKEA vende os seus produtos desmontados, colocados em embalagens planas e com instruções para montar em casa. O factor determinante que permite à empresa baixar os custos de produção e transporte, apostar mais na qualidade dos materiais, deixando espaço para a prática de preços mais reduzidos. Chavão da IKEA: “produtos para o lar, funcionais, e com design, a preços tão baixos que a maioria das pessoas poderá comprar”, tal como explica o site institucional da empresa.

 

 

Design Nórdico
É o elemento que mais distingue o nome IKEA, desde a altura em que começou a desenhar e a produzir os seus próprios produtos. Falar de Design IKEA é falar de ícones como a Estante MT, de 1963, desenvolvida por Marian Grabinski, a Cadeira SKOPA de 1974, criada por Olle Gjerlöv-Knudsen e Torben Lind, desenhadas em plástico, o Sofá KLIPPAN, em 1980, especialmente desenvolvido para crianças e extremamente resistente, com uma capa removível que podia ser lavada, ou a Estante KUBIST, 1994, um modelo de grande resistência, muito leve e a um preço baixo.

Ainda hoje todos os artigos IKEA são desenvolvidos na Suécia.

 

 

O Mar Shopping Com 14 lojas âncora e uma área bruta locável de 100 mil metros quadrados, este é o maior espaço IKEA da Europa e deverá albergar, entre outras, marcas como a Fnac, Auchan, Lusomundo, Zara, Pull & Bear, Rádio Popular, Massimo Dutti, Bershka, Oysho, Sportzone. O investimento é de 170 milhões de euros e deverá criar cerca de 3 mil empregos. O Mar Shopping será o primeiro Centro Comercial do Grupo IKEA na Península Ibérica. Localizado numa zona em que área de influência calcula 2,8 milhões de pessoas, as expectativas da empresa apontam para os 15 milhões de visitantes, só no primeiro ano de actividade. Lançar o “Mar” Ainda a abertura das portas estava longe de acontecer, já o Mar Shopping interagia com a população local. A primeira campanha que permitiu iniciar o diálogo entre o IKEA e o seu público passou pelo desafio “E ao seu shopping, que nome vai dar?”. A acção levou ao nome do espaço, através de um processo de votação e acabou por ligar o Centro Comercial aos clientes. Mais tarde, um mês antes da inauguração do Mar Shopping a aposta de marketing virou-se para um novo passatempo e para a “guerrilha”. Com a campanha “É tempo de parar o tempo”, o IKEA convidou os clientes a sugerir os melhores momentos em que o tempo devia parar, atribuindo prémios aos mais originais. Para suportar o passatempo estiveram em vários pontos do Porto promotores vestidos de mergulhadores ou de surfistas, como que molduras humanas. (Ver vídeo em destaque no topo).