Internacionalizar através de parceiros franchisados é a mais recente aposta da agência portuguesa de marketing e vendas online, Sales Engine Online (SEO), que já esta presente no Brasil e em Espanha, mercados que já representam cerca de 25% da sua faturação da empresa. Europa, Africa e América Latina são as prioridades.

A empresa lançou, agora, uma campanha em vários mercados para angariar parceiros através de um modelo de franchising. A campanha de angariação ^[1]de parceiros arrancou já em vários países na Europa, Africa e América Latina. O parceiro escolhido passará a deter somente responsabilidades a nível comercial, sendo todo o trabalho técnico e humano desenvolvido pela equipa da Sales Engine Online em Lisboa. 

Em 2011 a empresa contava com 16 colaboradores e vendas de 1,2 milhões de euros.

O Imagens de Marca entrevistou David Pinheiro, administrador da SEO, que falou sobre a estratégia de internacionalização da marca e as perspetivas para este ano.

Imagens de Marca (IM): Qual a estratégia de internacionalização da SEO?
David Pinheiro (DP): A nossa estratégia de internacionalização passa por abrir escritórios em alguns países e pela aposta no modelo de franchising. Destaco que, mesmo no caso em que apostamos no investimento direto em determinados mercados não o fazemos sozinhos. Procuramos sempre identificar um parceiro local, que tenha os mesmos objetivos e visão estratégica da SEO. Nos países onde já entrámos diretamente esta opção tem-se revelado acertada, já que estes parceiros têm um conhecimento sobre determinadas especificidades que os diferentes mercados têm, o que facilita o arranque das respetivas operações. Através deste modelo, a SEO já está presente no Brasil e em Espanha, sendo que até ao final do ano haverá a abertura de mais dois países, na América Latina e em África.
Relativamente ao franchising, é uma grande aposta da SEO, já que nos permitirá aumentar a presença da marca a nível mundial, tendo níveis de investimento mais baixos. Tendo em consideração a actual realidade do nosso mercado, onde a liquidez disponível para investimentos não abunda, foi esta a forma que encontrámos para ultrapassar a questão e continuar a apostar fortemente nos mercados externos. Neste momento, já fechámos o nosso primeira contrato em Angola, estando perspectivado que ainda durante o 1º semestre possamos concluir as negociações com mais 2 ou 3 países (com quem as negociações já estão a decorrer a bom ritmo).

 
IM: Como estão a fazer esta internacionalização?

DP: O investimento direto em novos mercados está a ser analisado desde o final do ano transato e vai ser uma realidade até ao final deste ano (estamos muito perto de concluir a entrada num novo país na América Latina e noutro em África). Em termos do modelo de franchising, estamos a fazer uma campanha de angariação de interessados (aplicando o nosso conceito de negócio a 100%) que tem estado a correr de forma bastante positiva.
Em termos de modelo de negócio, a nossa aposta passou por fazer algo diferente das agências digitais, pois investimentos primeiro e o cliente só paga pelos resultados. Através da criatividade, de uma grande otimização de investimento e um conhecimento profundo da internet conseguimos resultados para os anunciantes e eles só pagam por estes, sem qualquer risco associado. Neste momento temos escritório em Lisboa (sede), Madrid (Espanha) e São Paulo (Brasil). Em Luanda (Angola) estamos presentes há cerca de 3 semanas através do nosso modelo de franchising.
 
IM: Quanto representam os mercados internacionais no total de faturação?
DP: Neste momento os dois mercados internacionais – Brasil e Espanha têm um peso de cerca de 25% a 30% do nosso volume de negócios.
 
 
IM: Quais as perspetivas para 2012?
DP: Esperamos um crescimento forte nos mercados onde estamos presentes, incluindo em Portugal, e um aceleramento com a potencial abertura de novos mercados. Estimamos crescer cerca de 100% este ano para os 2,5 a 3 milhões de euros de facturação.